Situação se agrava há meses pelo despreparo da “gestão placebo” e por ignorar as necessidades de funcionários e pacientes que precisam ser atendidos no hospital municipal e no posto Luiz Viana. Cidade tem o 3º de covid-19.
Desde o início da pandemia que os funcionários da área de saúde de Candeias, que arrecada R$ 37 milhões por mês, ou R$ 1,23 milhão por dia, se agrava pela falta de ações da Secretaria de Saúde e da Prefeitura, que pensa em administrar por “Live” e “Decretos” inoperantes.
Segundo funcionários, que preferem o anonimato, a falta de máscaras, luvas, álcool em gel para médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e pessoal de apoio e pacientes, além de remédios, material hospitalar de apoio são constantes desde o início da atual gestão.
Denúncias já foram apresentadas na Tribuna da Câmara pela oposição por meio dos vereadores Arnaldo Araújo, Edmilson Ferreira, Fernando Calmon e Jorge Moura, e a Comissão de Saúde do Legislativo, integrada pelos vereadores Nairvaldo Santana, Reigilson Soares Rosana Souza – todos da base do “amém, favorável”, faz vista grossa e ignora a situação, pois nada fez para não contrariar o Palácio Ouro Negro. Falta até material básico para exames nesta pandemia do coronavírus. E o “mico” da reabertura da UPA e os R$ 50 para alunos municipais que nunca chegaram.
Há menos de 15 dias, a situação chegou a tal gravidade no Hospital José Mário dos Santos (Ouro Negro) que houve uma discussão, vista por muitos funcionários e pacientes entre as diretoras administrativa (responsável pelo abastecimento da unidade) e médica (responsável pelo acompanhamento das necessidades clínicas) justamente por estar a unidade carentes de material e instrumentos, denunciada na Câmara pela oposição.
Os funcionários mesmo sendo de grupos de risco são obrigados a trabalhar para não serem demitidos, segundo médicos, enfermeiros e demais profissionais, que denunciam a amigos e colegas.
Situação de emergência é desde 1º de janeiro de 2017 – caótica
Hoje, 21/04, o governador Rui Costa reconheceu a situação de emergência do município de Candeias, pelo prazo de 180 dias para as áreas afetadas, diante do colapso que tem afetado as atividades econômicas da cidade e que podem atingir a população diante da pandemia do coronavírus.
Com a situação de emergência reconhecida, a municipalidade pode adotar medidas (será?) excepcionais para combater a doença, que podem afetar o funcionamento de serviços básicos, além de contratação de serviços e compras de insumos. O decreto tem validade a partir do dia 17 de março.
Desde 16 de março a gestão decretou essa situação, mas não adotou nenhuma providencia efetiva, apesar da Secretaria de Saúde ter o segundo orçamento do município (R$ 109 milhões) falta de esparadrapo a médico, quando não é falso o contratado.
A falta de ações e decisões essenciais não adotadas pela gestão justifica o pedido do prefeito que, embora médico e a secretária de saúde ser assistente social, permitem a intervenção no hospital municipal há 3 aos e 3 meses por não cumprirem pedidos da Justiça. Na época – julho 2016 – tão criticada pelo atual “gestor”.
Em síntese, “omissão é a marca da gestão placebo”.
Um dos decretos da municipalidade de situação de emergência de 16/03/2020.