Intrigas, desconfianças e vazamentos de informações marcaram a saída do ex-secretário Antônio Gilson da pasta
Nos bastidores e no meio político o assunto ainda é o pedido de exoneração do secretário de Esporte da Prefeitura de Candeias, na Região Metropolitana a 46 km de Salvador, na última segunda-feira, 1°.
Insatisfeito com a falta de apoio à pasta, como de resto ocorre com tantas outras na administração municipal, Antônio Gilson, Bobó, que é articulador de 5 mandatos de vereador (3 dele e 2 da mulher, Rosana Souza, no segundo período na Câmara Municipal) dialogava com situacionistas e oposicionistas, o que não agradou ao gestor.
Inclusive, suponha-se dentro da gestão que ele estaria ouvindo que poderia haver um pedido de afastamento do gestor em andamento na Câmara, onde tem 1 voto que pode ser decisivo. Não há confirmação nem de um lado nem do outro. Mas seria a razão da demissão que estaria pronta para ser enviada ao DOM (Diário Oficial do Município), que acabou enterrada com a solicitação de Bobó.
Vasoduto
Pelo enorme ‘vasaduto’ de uma gestão municipal no Brasil (maior do que os dutos da Petrobras ou da Embasa – que transporta água e esgoto) o ex-secretário se antecipou à ‘demissão” que ocorreria nas próximas horas (à tarde de segunda-feira, 1°) e entregou Carta de Exoneração deixando boquiabertos e de cabelos em pé a ‘cúpula’ da administração.
Vazou? Quem passou? Como chegou ao secretário que se antecipou? Quem é o “espião”?
A resposta é um enigma paras uns, mas é um cartão premiado da Mega-Sena para outros, que tem o bilhete nas mãos.
Na terça-feira, 2, nos bastidores da Câmara a pergunta era: “Rosana fica ou sai da base”?
A saída se confirmou horas depois.
Mas, até agora, se procura saber como chegou ao secretário a informação de que ele seria ‘demitido’.
O que se comenta é que o Palácio Ouro deve ter olheiros políticos no ‘âmago’ que passa para adversários os ‘supostos segredos de Estado’ muito mais rapidamente do que as ações da administração.
Nada que se conversa nos corredores do gabinete do prefeito fica reservado. De alguma forma chega nas rodas políticas, e a adversários, isso num ano eleitoral.