Casos de covid-19 crescem 4.228% em 45 dias; mortes chegam a 13
Todas as medidas que poderiam mitigar os casos do novo coronavírus em Candeias, cidade na Região Metropolitana a 46 km de Salvador, foram anunciadas por Lives (jogar para plateia) e Decretos (que não saíram do papel). Ou seja, a pusilânime “Indigestão Placebo” que esperou para ver está e assistindo o maior crescimento de casos e mortes visto nas 417 cidades da Bahia, saindo de 7 casos em 25/04/2020 para 300 em 8/06/2020 e 13 mortes, o que causa pânico aos 87 mil habitantes do município que tem a 7ª maior receita do Estado (R$ 108 milhões somente este ano) e mais de R$ 290 milhões em caixa aplicado em bancos para render juros a magnatas da elite brasileira.
É estarrecedor saber que a cidade que tem como “gestor” um médico de formação e como super-secretária de duas pastas (Assistência Social e Saúde) a mulher do prefeito, que também é primeira-dama, uma assistente social.
Para se ter uma ideia, as duas secretarias têm como previsão orçamentária R$ 117 milhões para 2020, e o ano passado R$ 84 mi para gastar e, ainda assim, falta médico (quando não contrata falso-médico), falta água mineral, papel higiênico e toalha, insumos médicos básicos e profissionais suficientes para atender os pacientes no Hospital (incrivelmente sob intervenção desde o início da gestão que não teve capacidade de interromper), além de massacrar comerciantes e empresários com altos aumentos de impostos e taxas, sufocar servidores com arrocho salarial e fazer obras que derretem como o gelo na sede e nos distritos desperdiçando o dinheiro do cidadão e da cidadã candeense que também é vítima da inoperância “Administrativa Placebo”.
Onde estão:
O Cartão do Estudante? Quantos receberam os R$ 50?;
O Auxílio Emergencial para milhares de candeenses sai quando mesmo? (ambulantes, autônomos, feirantes, vendedores de acarajé, de churrasquinho, microempreendedores);
O Hospital de Campanha?
EPI’s para profissionais da saúde tem, mas quem está trabalhando não recebe em tempo hábil.
Oito respiradores de R$ 175 mil cada um foram comprados. Sete deles foram emprestados ao Estado, ou seja, 10 eram suficientes, mas sobrava R$ 1,4 milhão para gastar.
Os carros de som de R$ 249 mil funcionaram?
E o inconstitucional Toque de Recolher (artigos 136 e 137 da Constituição Federal), de exclusivo uso em Estados de Guerra e Sítio, funcionou?
Ou seja, a “Indigestão Placebo”, exemplo de marasmo e omissão, está levando o povo ao transtorno e desespero porque percebe a incapacidade de administrar de quem prometeu “Mãos Limpas” e a população agora sabe o que é. Mas, no banco, a Cidade das Luzes tem R$ 300 milhões para render dinheiro em torno de R$ 2,25 milhões por mês. Falta vontade de praticar o bem-estar para os candeenses.
Agora se anuncia o “lockdown’ (confinamento). Aí a incapaz gestão vai tentar minimizar a circulação de pessoas nas ruas, mas vale a pergunta: “E quem nada tem em casa para alimentar filhos e filhas, vai fazer o quê?” Talvez nem saiba o que significa “ter que dar e não ter para dar”.
Não adianta ter mestrado, doutorado (que não é o caso) e milhões na conta da Prefeitura se a gestão asiste o povo à beira da fome, e apenas fazer e baixar decretos que não alimentam ninguém, a não ser o ego de demagogos avarentos. A omissão já vimos, mas que o caos não chegue.
NR.: Nossa solidariedade às vítimas e familiares.
Triste, mas vai passar.
Yancey Cerqueira, Dr. h.c
Radialista DRT/BA 06