Presidente russo nega ocupação e diz mirar infraestrutura militar do vizinho, que pede ajuda ao Ocidente
Depois de quatro meses de crise com o Ocidente, a Rússia decidiu atacar a Ucrânia nesta quinta-feira, 24/2, naquilo que Kiev chamou de invasão total. É mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente Vladimir Putin foi à TV para dizer que faria uma “operação militar especial” no Donbass, a área de maioria russa étnica no leste do vizinho. Seu comando militar, contudo, confirmou que “armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas“.
Além disso, o comando militar das repúblicas rebeldes afirma que está avançando com suporte russo rumo às fronteiras que consideram suas, violando assim território ucraniano que estava sob Kiev. O nome disso é guerra, invasão ainda que não total.
E há explosões ouvidas em diversos pontos do país, e uma chuva de versões em redes sociais. Houve relatos de Kiev, negados depois pelo governo, de forças russas desembarcando em Odessa, importante porto no mar Negro. Na cidade, segundo o governo ucraniano, morreram ao menos seis pessoas em ataques com mísseis.
O governo em Kiev pensa diferente. “A invasão da Ucrânia começou“, afirmou por sua vez o ministro do Interior ucraniano, Denis Monastirski, citando ataques com artilharia e mísseis. “É uma invasão total“, disse o colega chanceler, Dmitro Kuleba no Twitter. O país decretou lei marcial, fechou o espaço aéreo.
O presidente Volodimir Zelenski divulgou vídeo afirmando que os russos atacaram pontos da fronteira e a infraestrutura militar do país.
As primeiras informações dizem que 8 pessoas morreram. Milhares de pessoas deixam Kiev e se registram engarrafamentos nas vias que dão acesso à Polônia.