Na FBF (Federação Bahiana do Fracasso) ele perseguiu jornalistas e radialistas, processou, e perdeu quase todos, e foi processado por invasão de privacidade eletrônica
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) homologou nesta quarta-feira, 24/3, Ednaldo Rodrigues, de 68 anos, como presidente da entidade, pelo período de 4 anos. Candidato de chapa única, Rodrigues ocupava interinamente a Presidência da CBF, desde agosto do ano passado, quando Rogério Caboclo foi destituído do cargo, após acusações de assédio sexual e moral.
A eleição ocorreu menos 24 horas após decisão do juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira (1ª Vara Cível de Maceió) suspendendo o pleito, após ação impetrada por Gustavo Feijó, um dos oito ex-vice-presidentes da CBF (gestão Caboclo).
O novo presidente da CBF foi eleito por 137 votos de um total de 141. Das 27 federações, apenas a Alagoana faltou ao pleito. Os votos dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro tiveram peso 2, totalizando 40. Já a soma de votos da Série B (peso 1) foi de 19, já que a Ponte Preta não votou, por conta de problema com a procuração.
Logo após a eleição na sede da CBF, no Rio de Janeiro, Ednaldo Rodrigues tomou posse ao lado de seus oito vice-presidentes, e falou das dificuldades que passou interinamente como presidente interino.
“Nesses últimos meses, eu sofri todo tipo de pressão, todo tipo de preconceito, tive meus telefones grampeados, meus e-mails violados, o e-mail do gabinete da presidência da CBF também violado. E preconceitos que ainda existem em todos os segmentos da sociedade, mas que sempre eu procurei resistir. O preconceito por ser do Nordeste, por ser baiano com muito orgulho, por ser do interior, de Vitória da Conquista onde nasci e me orgulho de ser filho. O preconceito por ser negro. Essa é a grande realidade, a grande resposta”, disse Rodrigues.
NR.: Tudo isso, e muito mais, inclusive, por invasão de e-mail contra jornalistas ao lado de cúmplices, fez na FBF, além de forjar documento do jogador Liédson para que Poções recebesse não R$ 12 mil, mas R$ 300 mil. Ação foi barrada pelo Sporting de Portugal e Liédson, que negou o que estava na declaração forjada. No caso não foi absolvido, medida adotada pela juíza Marinalva Moitinho Almeida, a mesma afastada do TJ (Tribunal de Justiça) por venda de sentença na Operação Faroeste. A Câmara do TJ retornou o processo do MP da Bahia, mas por preclusão não houve julgamento. Não houve absolvição.
No futebol um verdadeiro fracasso. Derrubou a FBF de 5º para 9º lugar no ranking da CBF e desestruturar a arbitragem, além de desmoralizar o Intermunicipal que perdeu dezenas de participantes.
Desestruturou o futebol baiano que hoje é bancado pelo Estado com dinheiro público pela falência do Estadual e dos clubes.
O dirigente também deixou uma mensagem de unificação voltada às federações e respectivos representantes.
“Que esta entidade seja dos filiados, das federações, dos clubes da Série A, da B, da C, da D, do futebol brasileiro. E que nenhuma interferência externa possa subjugar este trabalho. Neste momento, quero agradecer a todos vocês de uma forma penhorada, por esse apoio, por esse decisivo não ao preconceito. E dizer que, juntos, queremos construir um futebol brasileiro que seja de pureza, de transparência, em que os clubes possam ter voz, não só votos. Que eles desenhem o que é melhor para todos eles. Que as federações coloquem seus nomes na modernidade do futebol brasileiro“.
NR.: Tudo isso prometeu na Bahia e, durante 18 anos, o que fez foi aniquilar a arbitragem baiana que perdeu espaço no quadro da CBF, empregar parentes na entidade e gastar com advogados e publicidade para não ser criticado na imprensa. Os profissionais eram obrigados a elogiar não para não serem demitidos pelas rádios e pelas TVs. Aguardem ditadura e tirania.
Tentou inclusive demitir vários jornalistas e radialistas. Nos processos foi desmascarado por testemunhas ao negar. Além também de assédio moral contra ex-funcionária, que fez acordo na Justiça. Perseguiu clubes, dirigentes, árbitros, etc.
Dos oito vices que tomaram posse também nesta quarta, 23, metade é estreante no cargo. É o caso de Rubem Lopes (presidente da Ferj), Reinaldo Carneiro Bastos (presidente da Federação Paulista), Hélio Cury (presidente da Federação Paranaense) e Roberto Góes (presidente da Federação do Amapá). Entre os remanescentes da gestão Caboclo, está Antônio Aquino (presidente da Federação do Acre) e três vices sem envolvimento com federações: Francisco Noveletto (Rio Grande do Sul), Marcus Vicente (Espírito Santo) e Fernando Sarney (Maranhão).
NR.: Hoje não é dia para o futebol brasileiro comemorar; um dia pior que o Maracanazo, em 1950, e os 7 a 1 da Alemanha, no Mineirão, em 2014.
Se repetir na CBF o que fez no futebol baiano cairemos no campo também, porque os cartolas brasileiros (muitos beeficiados com aumentos salariais) não sabem o que fizeram.
Yancey Cerqueira, Dr. h.c
Radialista DRT/BA 06