Fato aconteceu na Câmara Municipal de Riachão do Jacuípe durante sessão desta semana. Um deles disse até o valor da moto comprada e dada em troca de voto
A suspeita de que para se eleger é necessário gastar muito mais do o que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite é grande e altamente comentada nos meios políticos e entre assessores, correligionários e os próprios candidatos eleitos ou não.
Em Riachão do Jacuípe, na Bacia do Jacuípe a 188 km de Salvador, o limite de gasto para candidato a vereador em 2024, segundo o TSE, seria de R$ 26.761,98 numa tentativa de equilibrar a disputa por uma das 13 vagas na Câmara Municipal da Cidade.
Na Sessão Ordinária de quinta-feira, 6/2, houve uma série de acusações de compra de votos de toda ordem tanto para a candidatura uma das cadeiras na Câmara como também para a Presidência do Legislativo.
Quando estava na Tribuna, o vereador João Carlielton (PSB), e parece responder alguém, disse que lá (alguma localidade) não teve 41, mas 46 votos, quando o colega Josevaldo de Oliveira Silva (PSD), o Joquinha, interrompeu e gritou no microfone em alto e bom som: “Comprado né”. “Todos comprados, e eu provo”. “R$ 6 mil numa moto para dar a Wilker. Se for para jogar na baixaria, quem joga é eu”. “Eu quero fazer meu mandato na paz”, em um dos trechos da intervenção do vereador Joquinha, como é conhecido. Nem mesmo a interferência do presidente Franklin Santana (UNIÂO), no terceiro mandato, o fez parar das acusações de compra de voto por parte de João Carlielton.
A sessão da Câmara é transmitida pela internet e dois trechos de vídeo circulam nas redes sociais (veja abaixo).
Outro alvo
Ainda na mesma sessão, o vereador João Igor estava na Tribuna quando mais uma vez o colega Josevaldo de Oliveira Silva (PSB), o Joquinha, pediu uma parte que foi negado, mas insistiu. João Igor falava das carências e demandas de Vila Aparecida, também conhecida como 74.
Depois de ouvir o não, Joquinha perguntou porque ninguém na gestão passada, do prefeito reeleito Carlinhos Matos (UNIÃO), a quem João Igor apoiou na eleição de 2024, e em 2022 esteve ao lado do então prefeito Zé Filho, derrotado nas duas eleições, nada foi feito? Hoje é porque tem um jarro lá? (vídeo abaixo)
Ao perceberam a tentativa frustrada do presidente Franklin Santana de permitir a fala de João Igor, alguns vereadores, entre eles, Marquinhos Leão (PSD) e Celinho da Saúde (PDT), foram tentar apaziguar a situação com Joquinha.
O presidente da Câmara levantou da cadeira, e respondia (não audível no vídeo, mas tem em mp4) no vídeo responde com dedo direito, mas dá para identificar as palavras o presidente dizendo “Vereador Joquinha! Você está bagunçando!”. Na sequência houve bate-boca a acusações.
Joquinha se levantou, aparentemente iria em direção a alguém, mas foi contido.