Oscar Paris volta ao trabalho e assiste queda do perseguidor

Depois de sofrer 17 anos em 10 instâncias judiciais distintas (de Salvador a Brasília), e sair vitorioso em todas elas, em processos movidos por uma articulação de dirigentes, cronistas, advogados e empresários, incomodados com desempenho fatos e não versões, o jornalista gaúcho radicado na Bahia, Oscar Paris, pretende reunir a cidadania em um encontro virtual nesta *terça-feira, 20/5*.

O objetivo é retomar a carreira, após o longo período de assédio judicial, do qual foi defendido pelo escritório de Gileno Félix, parceiro musical de Lazzo Matumbi, e conhecido no meio político por sua luta junto a religiosos do Mosteiro de São Bento, em defesa de presos políticos durante o regime ditatorial mais recente.

Um dos responsáveis pela perseguição ao jornalista é o presidente afastado da CBF, Edinaldo Rodrigues, que o processou por calúnia, difamação e injúria e perdeu na primeira instancia e até no STJ, mas recorre ao STF.

No convite para a “live”, acessível pelo instagram @oscarparis, o jornalista vai abrir os microfones para quem queira manifestar-se sobre a contratação do primeiro treinador estrangeiro para a Seleção da CBF, o italiano Carlo Ancelotti.

Oscar Paris pretende também dar vez a todas as vozes na questão da preferência da cor da camisa da CBF, tomando como pressuposto a polêmica criada em torno da possibilidade da volta da camisa vermelha, utilizada pela primeira vez em 1917.

– A ideia é poder, agora, voltar a ocupar-me do que gosto de fazer e recuperar de onde tive de parar, quando estava no melhor momento de minha carreira – afirma Oscar Paris, ex-colunista “Gol de Placa” do suplemento A TARDE Esporte Clube (ATEC), tendo a honra de substituir Armando Oliveira, após a morte do cronista titular da primeira formação da editoria de esportes renovada em agosto de 2003.

Outro tema a ser debatido pelos futebolistas, agora pela internet, é a questão do VAR, equipamento a cada jogo menos confiável por interpretações controversas.

Entenda

Tudo começou quando em 2007 o então apresentador do Cartão Verde/BA, na TVE, quando em uma reportagem sobre o “Caso Liédson” (veja no link do YouTube – https://www.youtube.com/watch?v=88a-ox58RgY), produzida pelo radialista Yancey Cerqueira, então gerente de Esportes na emissora pública, mostrava documentos nos quais constavam erros graves numa Certidão emitida pelo FBF (Federação Bahiana de Futebol) como inicio de carreira, locais onde jogou e até mesmo data de nascimento, o que beneficiaria o Poções que poderia receber R$ 300 mil ao invés dos R$ 12 mil que teria direito.

Com documentos de Liédson, do Sporting de Lisboa, da CBF e da Fifa, a reportagem mostra tudo que aconteceu dentro da FBF para ampliar o ganho do time do interior baiano que não formou o atleta como diz a primeira certidão. Jogou apenas em 2 anos.

Depois de notificada pela CBF, a FBF emitiu a Certidão com os dados corretos.

Essa denúncia aceita pelo MPE (Ministério Público da Bahia) foi sorteada para a juíza Marinalva Moitinho Almeida (hoje afastada do TJ pela Operação Faroeste), que nem sequer instruiu o processo e arquivou sumariamente. Mas a Primeira Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça da Bahia) atendeu o recurso do MPE. Porém, o fato já havia prescrito beneficiando a Diretoria da FBF.