A grave situação que afeta os trabalhadores da LCD, empresa contratada pela Petrobras, não é um caso isolado. O calote, a precarização das condições de trabalho e o risco cada vez maior de acidentes fazem parte do dia-a-dia dos trabalhadores que prestam serviço no Sistema Petrobrás. As entidades sindicais exigem que as propostas apresentadas para uma nova política de contratação sejam implementadas o quanto antes.
Com salários atrasados há mais de um mês e sem a garantia de direitos legais, os trabalhadores da LCD Engenharia seguem mobilizados, realizando paralisações em diversas refinarias e outras plantas do Sistema Petrobrás. A estatal tem contratos com a empresa nas áreas de construção civil, montagem, caldeiraria e projetos em unidades do Espírito Santo, do Norte Fluminense, do Rio Grande do Sul, do Paraná, de São Paulo, de Minas Gerais, entre outras regiões do país.
Nas últimas horas, a manifestação ocorreu no terminal de Cabiúnas, em Macaé, no Rio de Janeiro, onde funcionários denunciaram a omissão e descaso da estatal que amargou prejuízo de R$ 17 bilhões em 2024.
Os sindicatos dos petroleiros têm se solidarizado com esses trabalhadores, apoiando as mobilizações e cobrando da Petrobrás uma solução para o problema. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, a LCD enfrenta graves dificuldades financeiras e estaria, inclusive, em processo de quebra, com negociações em andamento com um grupo interessado em assumir a empresa.
Em resposta às cobranças da FUP e de sindicatos, a Petrobrás informou no dia 17 de junho que “houve a interrupção da prestação de serviços pela empresa LCD e que realiza diligenciamento junto a empresa para o cumprimento das obrigações legais e contratuais”. A estatal afirmou ainda que fez um acordo com a LCD para “viabilizar o pagamento dos empregados da contratada”, mas ainda não foi pago.
Fonte: FUP