Cantor, de 84 ano, é mais uma vítima da covid-19
O cantor Agnaldo Timóteo morreu neste sábado, 3/4. A assessoria confirmou o falecimento do artista, vítima do novo coronavírus. “É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Ele não resistiu as complicações decorrentes da Covid-19 e faleceu hoje às 10:45 horas“.
Agnaldo, de 84 anos, estava internado desde o dia 17 de março na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, mas no último dia 27, o cantor precisou ser intubado para “ser tratado de forma mais segura” contra a doença.
O estado de saúde piorou nos últimos dias e ele não resistiu. A família chegou a confirmar que Agnaldo recebeu a segunda dose da vacina no dia 15 de março e a suspeita é de que ele tenha sido infectado no intervalo entre a primeira e segunda dose do imunizante.
Agnaldo, que já tinha tomado a primeira dose da Coronavac, acabou se contaminando e desenvolveu a forma grave da doença. Ainda não há informações sobre onde o corpo de Agnaldo Timóteo será enterrado.
Quando foi internado o músico se queixava de falta de ar e, por isso, foi conduzido diretamente para terapia intensiva e passou a fazer uso de cateter nasal sem necessidade de intubação.
Vida artística
Agnaldo Timóteo Pereira, mineiro da cidade de Caratinga, era conhecido no início da carreira – nos idos anos de 1950 – como o “Cauby Mineiro”, por interpretar, nas rádios, um dos primeiros ídolos na música, Cauby Peixoto. Foi a partir daí que ganhou fama e se tornou um dos nomes mais expressivos daquela geração.
Com uma vasta discografia, que soma pouco mais de 70 álbuns ao longo de seis décadas de uma carreira permeada pelo romantismo, foi com o estímulo da cantora Ângela Maria, de quem já foi motorista, que deu o pontapé com um 78 rotações pela gravadora Caravelle, no início da década de 1960, lançou “Sábado no Morro” e “Cruel Solidão”.
Dali em diante passou pela Philips, Emi-Odeon, Som Livre, Columbia, Sony Music e pela Discobertas gravou o último trabalho “Presente de Deus” (2019).