Varredura de policiais afastou o público, que ficou distante e perdeu o interesse ao longo do evento. Enfim, acabou em frustração para torcedores com e sem ingresso. Internautas e espectadores comentaram as falhas e erros
Quando foi anunciado que a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris seria às margens do rio Sena muita gente comemorou e imaginou que seria um evento mais democrático. Nada disso, o medo de ataques terroristas forçou um esquema de segurança que afastou o público, que acabou frustrado e perdido com a falta de informação.
As nuvens cinzentas já mostravam desde cedo que a capital francesa, conhecida mundialmente como Cidade Luz, teria um dia um pouco diferente. Se pela televisão a abertura da Olimpíada empolgou, o sentimento de frustração tomou conta de quem tentou sentir um gostinho da festa.
Desde as primeiras horas de ontem, 26/7, turistas procuravam informações sobre onde seria possível se reunir para acompanhar o evento em frente a algum grande telão. Eles vestiam as cores de seus países e queriam poder celebrar o momento olímpico em conjunto após ficarem fora da festa de Tóquio-2020 por causa da pandemia da covid-19. Porém, virou quase uma missão impossível.
Em um primeiro momento, alguns pontos do Sena foram liberados para pessoas com credenciais ou comprovantes de hospedagem em Paris para a Olimpíada. Foi necessário apresentar passaporte e passar por uma rígida vistoria.
Porém, a 10 minutos do início da cerimônia, grupos de policiais partiram em bloco, fazendo uma espécie de varredura e encurralando um grande grupo de pessoas no ponto que a reportagem do Terra estava na região do Hôtel de Ville. Após caos e indicações contraditórias, o capitão anunciou que todos deveriam deixar o local. Neste momento, chovia forte na capital francesa.
A solução foi se amontoar em frente de um dos 80 telões posicionados ao longo do percurso para ver a cerimônia. “Sem dúvida, garantiram quem estava lá, o Rio-2016 foi muito mais organizado”, comentou uma capixaba. “Ninguém sabe dizer onde podemos ficar“, reclamou outro torcedor brasileiro. Vestidos com camisas e bandeiras verde e amarelo, eles transformaram a frustração em festa e gritaram mais alto que os franceses quando passou o barco do Time Brasil.
Apesar da anunciada festa, a maioria foi desistindo de acompanhar a cerimônia embaixo de chuva. Além disso, existia uma decepção já que as coisas aconteciam em pontos distantes, não permitindo sentir o calor da emoção. Talvez, essa seja a melhor definição, faltou alma para uma cidade que transborda amor e encanto.
Não faltaram críticas pelo mundo, embora se saiba que a Olimpíada é o maior evento esportivo apesar de Macron e CIA.
Ministério Sem Esporte
O Ministério do Esporte foi acusado de racismo ao fazer uma postagem com alusão ao barco que transportou a delegação do Time Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, nesta sexta-feira, 26.
Publicada pelo órgão na rede social X (antigo Twitter), a imagem mostra um chimpanzé de chapéu no leme de uma embarcação com a legenda: “Todo mundo aguardando o nosso barco“, seguida por um emoji da bandeira do Brasil.
A repercussão negativa fez com que o ministério deletasse a publicação pouco depois, mas internautas cobraram por um posicionamento: “Tem que demitir o administrador, não adianta apagar o tweet“, escreveu um internauta, em resposta a outra publicação no perfil oficial.
Fonte: Terra