Gal Barbosa tentou fugir, mas foi executada com vários disparos
Ainda é um mistério a morte da advogada Maria das Graças Barbosa dos Santos, de 50 anos, assassinada a tiros de pistola e fuzil em Ipiaú, no Sul baiano, na segunda, 24/2. A execução aconteceu pouco depois de ela retornar do Espírito Santo, onde foi preso um dos seus clientes, Marcos Antônio dos Santos Xavier, o “Juca”, liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital). No entanto, duas versões pairam sobre o crime. Além da suspeita sobre o CV (Comando Vermelho), a criminalista pode ter sido alvo de armação do próprio PCC.
“Cogita-se venda de informação para facção rival, queima de arquivo, porque ela sabia demais, ou até mesmo de ela ter revelado o paradeiro de Juca”, conta uma fonte da polícia sobre as inúmeras linhas de investigação da polícia. A primeira versão, que foi ventilada instantes depois ao crime, dá conta de que Gal Barbosa, como era conhecida a vítima, foi morta pelo CV, pelo fato de que a criminalista teria supostamente uma relação próxima com integrantes do PCC.
A Polícia Civil localizou na terça-feira, 25, o veículo utilizado pelos criminosos na execução da advogada. O carro foi encontrado queimado às margens de uma estrada no povoado de Tesourinhas, zona rural de Ibirataia, município vizinho a Ipiaú. “Estamos ouvindo ainda familiares. Ainda temos muito coisa a ser feita”, declara o delegado titular da cidade, Isaías Pereira, que não tem autoria e motivação.