Mensagem de informante foi lida no ar sem o menor critério de apuração. Assim como o desvio de R$ 800 mil de doação feita à Rede Record na Bahia. É o mico do ano para ele. É o primeiro é quase insuperável no caso Pix, que não divulga nada onde trabalha
Uma mentira divulgada sem compromisso profissional e honestidade com os fatos – assim como desviar dinheiro de doação para uma criança enferma (falamos a seguir) – foi motivo de muitas manifestações de preocupação de amigos e correligionários ao vereador e ex-prefeito Sargento Francisco, de Candeias, anunciado como morto a tiros.
Sem nenhum cuidado, o senhor Marcelo Castro (o mesmo que responde a processo por ficar com grande parte da doação feita para um menor doente pelo jogador Talisca no valor de R$ 800 mil), no programa que tem na Rádio Piatã FM, em Salvador, leu uma mensagem, possivelmente de WhatsApp, dizendo que um ex-prefeito teria sido morto a tiros com a arma na mão. Em seguida, ele identifica o possível morto.
A informação boato (mentirosa) foi lida direto no ar quando o “jornalismo criterioso e sério” exige apurar, confirmar e depois de divulgar para não incorrer no desvio de finalidade como o dinheiro é para tratamento de uma criança enferma.
Nessa hora, deve-se preocupar se a pessoa é ou não importante na estratificação social, tenha cargo público ou um cidadão como que tem família, parentes e amigos. Na família, pode ter cardíacos e/ou hipertensos e não resistiram e depois saberem que o repórter mentiu desonestamente.
Em vídeo pelas redes sociais, o Sargento Francisco desmente:
Histórico
Marcelo Castro é um dos denunciados pelo MP (Ministério Público da Bahia) por supostamente ficar com dinheiro de uma doação do jogador baiano Talisca, que atuou no Bahia e hoje está no exterior quando estava na TV Record.
Segundo o MP, durante a apresentação, os telespectadores eram orientados a fazer doação através de uma chave PIX que aparecia na tela da TV, mas o número não era da vítima, nem da empresa de televisão, mas, sim, de um dos integrantes do esquema criminoso.
O MP-BA aponta que o repórter, que também atuava como apresentador, e Jamerson Oliveira, editor chefe do programa, eram líderes do esquema.
A defesa dos dois jornalistas disse que acredita na Justiça uma vez que os dois não praticaram as acusações descritas na denúncia.
A A denúncia foi oferecida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais) do MP-BA à 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. Os suspeitos são acusados de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa. MP-BA à 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. Os suspeitos são acusados de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Para o juiz titular da 9ª Vara, Eduardo Afonso Maia Caricchio, trata-se não apenas de uma associação, como o MP-BA sugeriu, mas sim de uma organização criminosa, pois a estrutura complexa do grupo inclui hierarquização. De acordo com o magistrado, o grupo se articulava de forma muito ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas.
Por isso, ele remeteu os autos à Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da capital baiana. Lá, o juiz da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, Cidval Santos Sousa Filho, aceitou a denúncia, tornando os 12 acusados réus no processo.
Audiência
Na Bahia, que segundo uma pesquisa realizada há alguns anos, tem a pior imprensa do Brasil (não é pelos profissionais, mas colaboram), se apresenta esse tipo de informação citada pelo MP que usa pessoas vulneráveis e ter audiência que não representa nem mesmo 10% (dez por cento) dos moradores da RMS (Região Metropolitana de Salvador).
Na TV onde trabalha, ele alcança em torno de 10 ponto na pesquisa, o que representa em torno de 220 mil pessoas contra 4,3 milhões de habitantes de Salvador e RM. Ou seja, tanto alarde para 5% (cinco por cento) dos moradores e 8% (oito por cento) dos eleitores.
Yancey Cerqueira, d.c honoris causa
Radialistas DRT/BA 06