A omissão juntamente com incapacidade de cumprir obrigações da “indigestão placebo” ficou ainda mais evidente na pandemia do novo coronavírus
O vereador Arnaldo Araújo (MDB) apresentou Pedido de Providência para que a administração de Candeias, que arrecada mais de R$ 1,23 milhão por dia, mas falta água mineral, papel higiênico e toalha, remédios e agora EPI’s (Equipamento de Proteção Individual), colocasse barreira sanitária nas vias que dão acesso à cidade em razão da covid-19.
Até às 12h de ontem, 18/04, havia apenas uma estrutura (toldo), dois pulverizadores e um ônibus. As cidades vizinhas, que juntas têm pouco mais de 16% da população candeense (89 mil contra 104 mil), já haviam adotado essas medidas de prevenção.
Nenhum motorista tinha sido parado para medir temperatura ou ser avaliado para saber se apresentava possíveis sintomas do novo coronavírus.
Mais tarde, por volta das 16h, chegou o pessoal da saúde para começar – com o atraso peculiar às Secretarias de Assistência Social mesmo nesta grave fase e com Candeias com caso de covid-19 – o trabalho que deveria ter sido realizado desde início de marco quando foram diagnosticados casos em Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas (cidades com enorme fluxo de veículos e pessoas com os candeenses) e Feira de Santana para onde muitos nativos e moradores da Cidade das Luzes viajam diariamente.
Mais tarde, a Prefeitura divulgou uma mensagem nas redes sociais sobre a adoção da medida, mas não declara que a solicitação havia sido apresentada na Câmara Municipal pelo vereador Arnaldo Araújo.
O edil também apresentou Pedidos de Providência para ajuda financeira de R$ 300 aos candeenses – ambulantes, autônomos, em vulnerabilidade social, gestantes e mães de família sem renda; prorrogação de pagamento impostos municipais e também quitação das rescisões de funcionários exonerados a partir de 2017 –, medidas ainda não adotadas pelo prefeito quem tem em caixa R$ 285 milhões.
Arnaldo Araújo propôs também, como forma de ajudar a população de Candeias a combater um surto na cidade, a redução dos salários do prefeito, vice-prefeita, secretários e vereadores, ainda nem discutidas nem adotadas.