Praticamente sem atendimento por causa de energia, o hospital municipal que ficou anos sob intervenção federal, mas nem sequer colocou um gerador de qualidade. E de novo, em 15 dias, a Câmara suspende a sessão
Uma situação de extrema gravidade aconteceu nas últimas horas no Hospital José Mário dos Santos (Ouro Negro), em Candeias, na RMS (Região Metropolitana) a 46 km de Salvador, cidade com mais de 75 mil habitantes e, pelo menos, R$ 55 milhões caixa todos os meses de recursos próprios e transferências federais, ambos de impostos pagos pelos cidadãos candeenses e brasileiros.
A denúncia foi constada ‘in loco’ pelo vereador Sargento Francisco – que durante o mandato de prefeito sofreu afastamento e intervenção na unidade, em 2016, que custou milhões aos candeenses, não resolveu o problema – e o mesmo juiz Ávio Mozart o absolveu de quaisquer suspeitas no ano passado. Apesar da intervenção, é a Prefeitura responsável pela gestão da unidade médica.
Por duas horas e alguns minutos, o hospital ficou totalmente às escuras porque o gerador, que deveria funcionar com a falta de energia elétrica na região, simplesmente, por falta de manutenção não funcionou. Em determinados momentos na gestão passada, até mesmo óleo para o equipamento não tinha.
O vereador, além de constatar o critico momento que poderia ser traumático – como ocorreu com a falta de aparelho de ultrassonografia na pandemia e uma paciente morreu, funcionária do Ponto Econômico – anunciou que entra hoje no Ministério Público de Candeias para denunciar o fato, além de esclarecer que a Prefeitura tem R$ 20 milhões em caixa para gastar com aluguel de carros e festas.
O vereador denunciou uma série de contratos milionários, mas para as situações básicas e essenciais falta recursos. Não falta para carros alugados (R$ 10 milhões), festas (R$ 10 milhões), além de Secretarias em maior quantidade que o governo dos EUA com 50 estados, etc.
Prefeitura tenta explicar
Assim que o vídeo do vereador Sargento Francisco passou a circular as redes socias, a secretária de Saúde, Ádila Morgana, o vereador ex-secretário de Obras, Rosevaldo Adorno, e o secretário de Manutenção (?), Alan Cássio, foram ao hospital e, em live, admitiram o problema, mas ela “agradeceu não ter nenhum paciente internado em estado grave (sala vermelha)” e ele disse que a “gestão passada é responsável pelo problema”. A administração passada foi de 2021 a 2024, e ele estava no poder como secretário, e de Obras.
Porém, a culpa é da Coelba, segundo eles, mas até certo ponto. Se tiver um gerador com manutenção ou novo e em condições, pressupõe-se que o problema não ocorreria.
Na reabertura de uma das etapas do hospital no ano passado, um funcionário da Câmara Municipal ser atendido e “não tinha o básico de medicamentos”. Foi um corre-corre.
Câmara
A Câmara Municipal de Candeias não vai realizar, pela segunda vez em 15 dias, a Sessão Ordinária desta quarta-feira, 30.