Vereadores da base não comparecem às sessões para permitir votação de pedidos de providência por ordem do executivo, esse efetivo responsável por despesas
Até o horário de encerramento do expediente na Câmara Municipal, ontem, 13/04, a Prefeitura de Candeias, na Região Metropolitana a 46 de km de Salvador, não havia enviado projetos ou decretos que possam ajudar a população e combater os efeitos sociais da covid-19, mesmo depois da determinação do Executivo de não abertura de lojas, do isolamento social e omissão em campanha que possam orientar a população.
Diferente de prefeitos com renda per capita inferior a Cidade das Luzes, como Salvador, Camaçari e Itabuna – que distribuíram cestas básicas e apoio financeiro –, sequer qualquer ajuda foi prestada por Candeias a ambulantes, mototaxistas, taxistas, vendedores (as) de acarajé e todos aqueles cidadãos de baixa renda em Candeias.
Nem mesmo campanhas pelos meios de comunicação como sites, rádios e outdoors foram feitas em 3 anos e 4 meses de “indigestão” contra o Aedes Aegypti que causa a dengue, chikungunya e zika, e muitos menos agora contra o novo coronavírus.
Mas quase R$ 2 milhões foram gastos com obras contratadas pelas gestões anteriores em TVs e empresa de Salvador.
As receitas previstas para as duas secretarias responsáveis pela saúde e assistência social para 2020 somam quase R$ 120 milhões (cento e vinte milhões), mas todos acompanharam o mico da reabertura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o descaso com as pessoas para recebimento do peixe da Semana Santa, uma tradição histórica.
Omissão
Em 4 sessões convocadas pela presidente Lucimeire Magalhães (PSL), em nenhuma delas, os vereadores que apoiam a “gestão placebo” compareceram para dar quórum por determinação do Palácio do Ouro Negro. Por conta disso – também omissão dos representantes eleitos da “base favorável” – não foi possível votar as providências indicadas pelo vereador Arnaldo Araújo (MDB), que pede o “pagamento das rescisões dos funcionários exonerados a partir de 2017 – centenas; isenção de impostos municipais enquanto durar a pandemia e auxilio social de R$ 300 (trezentos reais) para as pessoas de baixa renda prejudicadas pelo isolamento social”.
O vereador também propôs a redução dos salários do prefeito, vice, secretários e vereadores para ajudar a população.
Também o vereador Waldir Cruz (Republicanos) também apresentou pedido de auxilio no valor de R$ 500.
Ao contrário disso, a gestão quer oferecer R$ 50 reais para alunos da rede municipal, um gasto de apenas 1,66% (um virgula sessenta e seis por cento) da receita mensal.
Os vereadores da base do prefeito precisam comparecer às sessões. É o mínimo que se espera de quem vai daqui a 6 meses pedir votos ao povo.
Omissão
A sessão para se realizar na Câmara de Candeias precisa de ao menos 9 edis, mas a base do prefeito vai à casa, contudo, preocupados com a relação com o Executivo, não comparecem ao Plenário para votação e a ajudar a população apesar da Prefeitura ter em caixa R$ 280 milhões investidos em bancos.
Em 2016, a Prefeitura teve de receita R$ 269 milhões. Já em 2018, a arrecadação foi de R$ 447 mi. Ou seja, foi o maior aumento de verba nos cofres municipais de todas as 40 cidades baianas com mais de 75 mil habitantes. Ou seja, a gestão só ajuda aos cidadãos e cidadãs se não quiser. A Câmara tem funcionado todos os dias de sessão, mas os “favoráveis” obedecem ao Executivo. “Quem pode fazer é o Executivo. A Câmara apenas aprova”. Nas redes sociais, as promessas são feitas. Mas como disse a presidente Lucimeire Magalhães: “Live não resolve problema. A gestão está omissa“, finalizou.