Mesmos integrantes da base, pela primeira vez depois de 4 tentativas, deram quórum para a sessão de hoje, 14/04, e aprovaram pedidos de providências a favor de moradores de baixa renda, ambulantes e autônomos
A inércia e omissão da administração municipal a favor dos candeenses neste momento de crise enquanto a cidade, assim como parte da humanidade está atônita e preocupada com a pandemia reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) que paralisou comércio, indústrias e serviços considerados não essenciais, além de autônomos, vendedores e ambulantes com o “Fique em Casa”, marcou a sessão desta terça-feira, 14/04, na Câmara de Candeias que ainda não recebeu sequer o Decreto de Calamidade Pública baixado pela gestão.
Os vereadores, mesmo os “favoráveis” são ignorados pela “gestão placebo”, assim como foi o povo durante a desastrosa distribuição do peixe, uma tradição em Candeias.
Nem mesmo o pedido de liberação do ridículo valor de apenas R$ 50 (cinquenta reais) – tudo indica esquecido pelo Executivo pela repercussão negativa na sociedade – para os aproximadamente 12 mil alunos prometido em “Live” pelo prefeito foi encaminhado à Câmara, embora a presidente Lucimeire Magalhães (PSL) tenha se colocado à disposição para votar e colaborar com cidadãos e cidadãs, assim que recebesse qualquer documento da Prefeitura.
A flagrante omissão do gestor – o que não faltou nos dias que antecederam à composição de partidos para a eleição com reuniões até altas horas da noite, inclusive, no CDT (hoje sede da Sedas (Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social) – foi denunciada pelo vereador Fernando Calmon (PSD). “Todos esperam o mesmo comportamento em favor da população”, alertou o edil.
Na tentativa de esvaziar a sessão na Câmara, o Executivo recebeu, na Sala de Reunião da Prefeitura – um ambiente fechado com a presença de quase duas dezenas de pessoas entre pastores, vereadores e integrantes do executivo –, representantes das Igrejas Evangélicas para discutir a possível reabertura dos templos religiosos impedidos de funcionar, assim como empresas de serviços não essenciais, em razão de decreto do Executivo. A medida de restrição de aglomerações e, principalmente em locais fechados e com ar-condicionado – segue orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde), o que não foi respeitado. Por que os vereadores não estavam na Câmara???
Aprovações
Durante a sessão, que não contou durante a votação com a presença dos vereadores Alcione Borges (PV), Adaiton Sales (Republicanos), Gérson Conceição (Podemos), Maria Rita (PP), Reigilson Soares (PP), Ronaldo das Neves (SD), Sílvio Correa (PV) e Waldir Cruz (Republicanos)
De forma extraordinária, já que terça-feira não é dia de votação, foram aprovados e aprovados dois Pedidos de Providencia.
Fernando Calmon (PSD) pediu, e disse ser importante ser em nome dos 17 vereadores, mesmo os ausentes: “que seja criado um Comitê de Crise para tratar sobre o Covid-19, com a participação integrantes dos Poderes Executivo, Legislativo e da Sociedade Civil”.
Arnaldo Araújo (MDB) a aprovação do Pedido de Providência, e também considerou relevante ser em no da Casa, “a concessão de auxilio emergencial no valor não inferior a R$ 300,00 (trezentos reais) durante 90 dias, para autônomos, vendedores ambulantes, desempregados, mototaxistas, motoristas de transporte alternativo e pessoas de baixa renda.
Votaram os vereadores:
Arnaldo Araújo (MDB);
Edmilson Amaral (SD):
Diego Maia (PL);
Fernando Calmo (PSD):
Ivan Brito (Avante);
Jorge Moura (SD):
Licimeeire Magalhães (PSL);
Nairvaldo Rebouças (PP);
Rosana Souza (Podemos).
A votação foi por unanimidade, mas os vereadores pediram que fossem incluídos os nomes dos que não estavam na Sessão na hora da votação.
Os pedidos serão encaminhados ao Palácio Ouro Negro, mas tende a serem rejeitados pela gestão.