Uma foto que circula nas redes sociais da cidade deixa quem vê chocado diante da cena impressionante que mostra o pouco caso da administração municipal com a saúde da população candeense
Era começo da tarde desta quinta-feira, 25/06, quando uma foto feita por um cidadão ou cidadã de Candeias, cidade na Região Metropolitana a 46 km de Salvador, passou a circular nos grupos de redes sociais em que mostra um ônibus que faz serviços de saúde ao lado de entulhos, no Bairro do Ouro Negro, o mesmo da sede da Prefeitura, da Secretaria de Saúde e do hospital municipal.
A cena chocante e tétrica retrata o descaso da administração municipal com o cuidado dos bem-estar dos moradores da 7ª cidade das 417 que mais arrecada na Bahia – R$ 352 mi em 2019 e mais de R$ 108 mi até abril deste ano – que já tem uma intervenção federal no Hospital José Mário dos Santos (Ouro Negro) há 3 anos e 11 meses, sendo 3 anos e 6 meses na atual gestão, denúncia de omissão no atendimento de pacientes na mesma unidade e no Centro Luiz Viana por causa da covid-19 e superfaturamento na compra de 8 respiradores por R$ 1,4 milhão, falta de EPIs nesta pandemia, demissão de médicos de ultrassonografia e aparelhos de ECG e de ultrassonografia desativados no hospital que é de urgência e emergência e crescimento assustador dos casos do novo coronavírus em mais de 8 mil por cento em 2 meses.
O fato vem na sequência de fatos e cenas lamentáveis na cidade como a morte de uma comerciária que foi 4 vezes e não diagnosticaram a apendicite, do corpo do natimorto exposto no chão do hospital, da exposição de caixões no cemitério municipal e do temor da população de ir ao Centro Luiz Viana e do Hospital Ouro pelas denúncias de atendimento concomitante com os suspeitos de covid-19. A Central de Covid-19 tem médicos dia sim, dia não e fim de semana é certo não ter.
A cidade é administrada por um médico e tem como supersecretária de Saúde e de Assistência Social uma profissional de Serviço Social.
Arrecadação
Candeias arrecadou R$ 352,3 milhões em 20019, segundo o site do TCM (Tribunal de Constas dos Municípios), tem em caixa quase R$ 170 milhões de livre utilização (para investir como quiser) e mais R$ 125 milhões do Fundef.
Em 2018, a receita foi de R$ 447 milhões e 2017 R$ 397 milhões.
Em 3 anos de mandato, a arrecadação chega a R$ 1 bilhão 197 milhões. Até abril deste ano a receita foi de R$ 108 milhões.