Os casos de dengue criaram uma “situação emergencial” nas Américas, embora o número de casos na Argentina e no Brasil tenha se estabilizado, embora em alta, afirmou na quinta-feira, 18/4, a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde). A omissão do Ministério da Saúde contribuiu.
A Opas, que é uma agência da ONU (Organização das Nações Unidas), confirmou mais de 5,2 milhões de casos de dengue nas Américas neste ano (4 mi no Brasil), um aumento de mais de 48% em relação ao número reportado pelo organismo no fim do mês passado.
Até agora mais de 1.800 (1,3 mil no Brasil) pessoas morreram da doença viral causada pelo mosquito da dengue.
“Temos uma situação emergencial”, afirmou o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, em coletiva de imprensa.
Os países mais atingidos na atual epidemia, Argentina e Brasil, “ainda têm uma taxa muito alta de transmissão”, de acordo com Barbosa. Ele também afirmou que, “nas últimas semanas, parece ter havido uma estabilização, ou mesmo uma redução”, no número de casos nos territórios brasileiro e argentino.
Barbosa alertou que o suprimento das vacinas da dengue é “muito limitado”, e que a vacinação disseminada não teria um impacto imediato para interromper a atual epidemia.
“A vacina contra a dengue pode ser importante em reduzir os casos graves ou mortes, mas demorará para que os efeitos da vacina possam se refletir em uma queda no número de casos”, afirmou.
Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça, vômito, erupções cutâneas e dores musculares e nas juntas. Em alguns casos, a doença pode causar febre hemorrágica, e o sangramento pode levar à morte.