O segundo dia da COP30 foi marcado por confusão e protestos. Um grupo numeroso de manifestantes invadiu a Blue Zone, área de acesso restrito do evento, o que gerou tumulto e ação imediata da segurança. Agentes chegaram a apreender uma bandeira da Palestina e celulares de alguns participantes, enquanto organizadores tentavam conter o avanço do grupo. Para impedir que os manifestantes seguissem em direção às áreas internas, mesas foram usadas de forma improvisada para bloquear a passagem.
Ao Terra, o manifestante Júlio, integrante do PSOL e natural de Natal (RN), contou que participa da COP30 junto a movimentos sociais e que o ato desta terça-feira foi convocado por trabalhadores da saúde e por indígenas do Baixo Tapajós. Segundo ele, a mobilização teve como objetivo se opor à privatização dos rios, à exploração de petróleo na Amazônia e ao TFFF, que, na visão dos movimentos, representa “uma espécie de financeirização das florestas tropicais”.
Ao explicar o motivo da manifestação, Júlio afirmou que o grupo optou por invadir a área porque considera uma redução no espaço dado à sociedade civil dentro do evento e que todos acreditam que é necessária mais participação popular nos debates. “A gente resolveu sair às ruas para protestar, porque acha que o espaço da COP reduziu muito a participação social e popular dos movimentos, em especial dos povos indígenas, que são os mais afetados em seus territórios.”
Ele relatou que os manifestantes chegaram até a área restrita da conferência e decidiram entrar para chamar atenção às pautas que defendem. “Os movimentos sociais chegaram até a Blue Zone e decidiram entrar para fazer uma manifestação, dar um grito em defesa dos povos indígenas, contra a exploração de petróleo na floresta e por mais participação popular nas decisões que afetam os povos originários”.
Júlio também disse que houve tensão durante a ação, mas que todos os participantes conseguiram deixar o local com segurança. “Infelizmente, fomos respondidos com alguma arbitrariedade, com turbulência e enfrentamento, mas todo mundo está bem. Conseguimos sair em segurança e dar o recado, mostrar não só para o Brasil, mas para o mundo, que os movimentos sociais e os povos indígenas estão organizados em defesa da vida, dos territórios e contra a financeirização das florestas tropicais”.
Com a invasão, o acesso de parte do público ficou bloqueado na área, e muitos participantes não podiam sair nem entrar. Além disso, o dia foi marcado por protestos internos de outros grupos sociais e por falta de água nos banheiros por cerca de três horas também na Blue Zone.
O dia também teve críticas a Donald Trump. Durante sua participação na conferência, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, classificou como “abominável” a ausência do ex-presidente norte-americano na COP30.
Já na Green Zone, clima foi de tranquilidade
Na Green Zone, área com livre acesso ao público, o clima foi tranquilo, embora o espaço estivesse bastante movimentado, a ponto de dificultar a circulação nos corredores. As experiências imersivas …
Até 19h40, o acesso de parte do público ainda seguia bloqueado na área, e muitos participantes não podiam sair ou entrar. Além disso, houve falta de água nos banheiros por cerca de três horas.
O dia também foi marcado por críticas a Donald Trump. Durante sua participação na conferência, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, classificou como “abominável” a ausência do presidente norte-americano na COP30.
Fonte: Terra





