De 25 de abril até ontem (23/05) o número de casos da doença passou de 7 para 1.400, 20 vezes mais ou 1.900%. Duas pessoas morreram. Enquanto isso, a gestão faz “Live inócua; decretos fantasmas
A cidade de 87 mil habitantes (R$ 440 mi de receita), na Região Metropolitana a 46 km de Salvador, que tem como gestor um médico e como supersecretária de Assistência Social e Saúde uma assistente social, é um exemplo de descaso e desleixo no combate à pandemia porque as ações nunca saíram do papel e governar não é fazer transmissão por rede social, decretos inoperantes (cadê o auxílio financeiro? O Cartão Ioiô do Estudante? A cesta básica (não pode ser com produto vencido)? Onde estão? E copiar como ocorreu com documentos de Camaçari e de Candeias de Minas Gerais.
A história da gestão é de inoperância, descaso com a coisa pública e desprezo aos cidadãos e cidadãs que um dia acreditaram em mudanças e avanços.
Ledo e triste enganos.
O que assistimos são creches e escolas sucateados, prédios públicos abandonados, obras malfeitas desperdiçando dinheiro público, ganância com a verba do cidadão e da cidadã candeenses (para que R$ 290 mi investidos em bancos – para engordar carteira de banqueiro?), caos na saúde e na assistência social, além de servidores e funcionários assustados e desmotivados pelo tratamento desumano. Não é somente a falta de reajuste de salário (sempre faltam água, papel higiênico e papel toalha nos sanitários) e agora EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) nesta grave crise do coronavírus. Eles são altíssimo grupo de risco.
Somado a isso, os casos de covid-19 na sede da Prefeitura – em torno de uma dezena -, na Sedas e o abandono de milhares de pessoas de baixa renda (em torno de 27 mil) deixados à própria sorte depois do fechamento do comércio no meio de do mêsmarço. Não podemos esquecer o anúncio fantasioso da cesta básica que levou milhares as portas do CRAS, de onde saíram de mãos vazias, além da vergonhosa entrega do peixe na Semana Santa.
O que população assiste atônita é uma verdadeira inapetência, inoperância e falta de ações que evitem o caos social e na saúde e Live (que não chega nos habitantes de baixa renda), Decretos que não se cumprem e o “espetáculo circense dantesco da carreata do Toque de Recolher”. Recolhidos estão os gestores por nada produzirem a não ser desalento para o povo.
Tudo em Candeias foi feito depois de cidades vizinhas, como Madre de Deus, que tem 24% (21 mil) dos habitantes daqui. A barreira sanitária, a propaganda (publicidade) em rádios, carros de som ou panfletos somente para elevar a imagem de quem um dia prometeu “Mãos Limpas”, e hoje os candeenses sabem o que é – crise na saúde e no social. O prefeito tem obrigação de fazer.
Para ilustrar, a compra dos respiradores mais caros de todas as cidades do Brasil: R$ 175 mil reais cada um.
Agora, o “prefeito médico que contraiu covid-29”, quer oferecer R$ 200 para cidadãos e cidadãs de baixa renda. O menor auxílio de todos no Brasil: Governo Federal (R$ 600); Salvador (R$ 270), Madre de Deus (de R$ 250 a R$ 400). Nem todas as pessoas vão receber e, no máximo, 2,5 mil cidadãos e cidadãs terão direito. Com R$ 200 a prefeitura investiria R$ 1,5 milhão (um pouco mais do que nos 8 respiradores de prata – R$ 1,4 mi).
A Câmara Municipal não pode aceitar porque dinheiro em caixa não é problema: são R$ 165 milhões de livre utilização e ainda mais R$ 8,3 mi que vão chegar de Brasília. Os vereadores, mesmo aliados, não podem se curvar a tamanho descaso com os mais desfavorecidos da Cidade das Luzes, a 7ª mais rica da Bahia que assume a 2ª posição na incidência de covid-19 no estado (,0161% da população). A Bahia está com 0,08%.
Não precisa citar a UPA fechada por um médico, médico falso contratado, obras que derretem, arrocho contra empresas e cidadãos com aumento extraordinário de impostos e taxas municipais, massacre na vida de servidores e funcionários e nomeação de familiares e parentes a rodo.
Yancey Cerqueira, Dr. h.c
DRT/BA 06