Fabiano Silva dos Santos, do Grupo de Advogados Prerrogativas, pediu demissão do cargo de presidente da estatal na noite de sexta-feira
A carta de demissão foi entregue no Palácio do Planalto para os auxiliares do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está em viagem ao Rio de Janeiro. A demissão, entretanto, só deve ser oficializada após uma conversa entre os dois. Ele integra o Gripo de Advogados Prerrogativas e assinou a ‘Carta em Defesa da Democracia, que so eles entendem.
Se confirmada a saída, a expectativa é de que a presidência dos Correios seja entregue ao União Brasil, que é responsável por comandar o Ministério das Comunicações, ao qual a estatal é subordinada. A legenda do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), pleiteia mais espaço na administração pública federal.
De acordo com informações de aliados de Fabiano, a permanência dele no cargo ficou insustentável em decorrência a uma suposta pressão por parte do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e de Davi Alcolumbre (União Brasil), que solicitaram a mudança na presidência da estatal.
A estatal chegou a registrar um prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões em 2024, o que motivou a demissão da então diretora financeira, Maria do Carmo Lara Perpétuo, que é membro do PT e ex-prefeita de Betim (MG). Ela foi demitida por Fabiano Silva dos Santos após o agravo financeiro.
Em balanço divulgado no fim de junho também foi registrado o prejuízo de R$ 1,72 bilhão no primeiro semestre deste ano (115% maior em relação ao mesmo período de 2024, quando as perdas foram de R$ 801 milhões).