O parlamentar, que representa o movimento dos sem-terra no estado, perdeu a eleição para o Diretório Municipal de Iaçu, mas as lideradas com apoio dele não se conformam
A situação de caos se repete no PT de Iaçu, na Chapada Diamantina a 285 km de Salvador, que mais uma vez, como o que ocorreu em 2016 por divergências internas em razão do padrão ditatorial dos então “comandantes” do experiente parlamentar Walmir Assunção, não vai estar nas urnas.
Inconformadas com a acachapante derrota por 21 a 7, dos quais votos da minoria foram de um clã familiar que pretende se eternizar na direção municipal, Sarana Keller e Lilian Rafaela, sob orientação de Kalipsya Cardinali, recorreu a Executiva Estadual, que deu parecer pela manutenção da presidente eleita, Débora Gomes (a segunda da esquerda), no cargo por não encontrar supostas ilegalidade mencionadas pelos derrotados.
Insatisfeitas, recorreram à Executiva Nacional que demorou o suficiente para perder petistas do quilate de Eduardo Nascimento e Mircherlane Ferraz e a juventude de Charles Oliveira (Professor Charles), pré-candidatos a vereador que deixaram o partido, e devem disputar a eleição em outras legendas.
Assim, o PT de Iaçu não vai ter candidatos nem a prefeito, a vice ou a vereador este ano porque os eleitos para o Diretório Municipal, em que pese atenderem todos os pedidos e requisitos da Executiva Estadual do PT, não registraram ainda a representação iaçuense.
Mesmo com a vitória no PED 2019 (Processo de Eleições Interna do PT), a presidenta eleita, Débora Gomes, e a Chapa vencedora não conseguem efetuar o registro do Diretório Municipal.
Alguma pendência? Não!
O que se sabe nos bastidores da Executiva Estadual do PT é que o dep. federal Walmir Assunção e a turma derrotada Iaçu-BA, “bateu o pé” e exigiu do presidente estadual, Eden Valadares, que inicialmente aceitou, que seja incluído no DM de Iaçu, dois nomes (Santana Keller e Lilian Rafaela) de forma irregular como condição para que o registro fosse feito alegando o apoio que deu ao mesmo, quando concorreu o PED no estado. Ou seja, o grupo de Walmir Assunção, com o aval dele, quer mudar no tapetão (ou na documentação) o resultado da eleição que não são proporcionais. Eleitos são os que integram a chapa vencedora.
Fato é, que mesmo tendo vencido na disputa eleitoral interna (o PED 2019) e, cumprido todos os ritos legais exigidos pelas normas petistas, no antes e depois do PED, dentro dos prazos estabelecidos, o PT de Iaçu até o momento não teve direito de registrar o diretório.
Por telefone, a presidente eleita mão negou os fatos, mas garante que não abre mão da ética e legalidade.