Contabilização de juros básicos puxou alta no mês passado; O real é uma das 3 moedas mais desvalorizadas no ano no Mundo
Apesar do alto volume de vencimentos de títulos prefixados, a DPF (Dívida Pública Federal) subiu em julho e ultrapassou a marca de R$ 6,7 trilhões. Segundo números divulgados na sexta-feira, 30/8, pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,068 trilhões em junho para R$ 7,139 trilhões no mês passado, alta de 1,02%.
Originalmente previsto para ser divulgado na quarta-feira, 28, o relatório seria publicado em 4 de setembro, por causa da operação padrão dos servidores do Tesouro Nacional. No entanto, o documento foi divulgado na noite de sexta porque, segundo o órgão, um normativo determinava a publicação até o último dia útil do mês.
Mesmo com a alta em julho, a DPF continua dentro do previsto (para o desgoverno não é novidade os erros). De acordo com o PAF (Plano Anual de Financiamento), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1%, passando de R$ 6,754 trilhões em junho para R$ 6,822 trilhões em julho. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 10,69 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis corrigidos pela Selic (juros básicos da economia). A dívida também subiu por causa da apropriação de R$ 57,12 bilhões em juros.
Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 10,5% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 139,6 bilhões em títulos da DPMFi. A maior parte desse total (R$ 98,83 bilhões) ocorreu para atender à demanda de títulos corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia). A emissão compensou os altos vencimentos de títulos prefixados que ocorrem no primeiro mês de cada trimestre.
No mês passado, venceram R$ 115,26 bilhões em papéis prefixados (com juros definidos no momento da emissão). Com o alto volume de vencimentos em julho, os resgates somaram R$ 131,94 bilhões, bem mais que o valor registrado em junho, quando os resgates tinham atingido R$ 12,34 bilhões.
Dólar
Em dia de tensões no mercado doméstico e internacional, o dólar fechou praticamente estável após o Banco Central (BC) intervir duas vezes no câmbio. A bolsa de valores operou em queda durante quase toda a sessão, em meio a ajustes, mas teve o melhor mês do ano em agosto.
O dólar comercial encerrou a sexta-feira vendido a R$ 5,633, com alta de apenas 0,17%. A cotação, no entanto, registrou forte volatilidade ao longo do dia. Por volta das 9h40, logo após a primeira intervenção do BC, chegou a cair para R$ 5,58. Subiu 20 minutos mais tarde para R$ 5,69, desacelerou por volta das 12h30, após a segunda atuação do BC, passou quase toda a tarde em torno de R$ 5,65, e rondou a estabilidade perto do fim da.
Fonte: Agência Brasil