Em um comunicado a farmacêutica norte-americana MSD (Merck Sharp and Dohme), empresa responsável pelo desenvolvimento da ivermectina, afirmou que não existe base científica ou evidências significativas para o uso do medicamento no tratamento da covid-19.
O medicamento, indicado para o combate de infestações de parasitas, como piolhos, ficou popular nos últimos meses após forte pressão do governo para incluí-lo como profilaxia contra a covid-19, e chegou a aparecer no aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde, como opção de “tratamento precoce”.
“Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora”, diz o comunicado da empresa.
De acordo com a Merck, os cientistas da empresa continuam a examinar cuidadosamente as descobertas de todos os estudos disponíveis e do fármaco para o tratamento da covid-19 a fim de encontrar ou descartar evidências de eficácia e segurança.
Até então, eles destacam que não foi identificada “nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra covid-19 de estudos pré-clínicos ou evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com covid-19”.
Ainda segundo o documento, “nossa análise identificou a preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos”.