Categoria pede respeito da Prefeitura com pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério. APLB-Sindicato classifica como “descaso”
Os professores da rede municipal de ensino de Salvador entram em greve a partir de hoje, 6/5. A decisão, aprovada em assembleia hoje, ocorre após o prefeito Bruno Reis (União) ignorar os pedidos da categoria por melhores condições. A principal reivindicação é o pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério. Em 2025, o piso estabelecido por Lei Federal, que precisa ser aprovada pela Câmara Municipal, é de R$ 4.867,77 para uma jornada de 40h semanais, mas a realidade dos educadores soteropolitanos é bem diferente.
Um professor 40h tem como base em torno de R$ 3,5 mil, uma perda de 30% (por cento) que reflete nas vantagens e, mesmo na aposentadoria, de cada servidor.
Para debater os rumos do movimento, os professores realizam assembleias e paralisações desde 18 de fevereiro, quando a pauta da categoria foi entregue ao Executivo Municipal. Mesmo a chuva no Campo Grande, local da concentração, houve presença de muitos integrantes da categoria.
Em Salvador, o número total de alunos no Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) e no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) é de aproximadamente 162 mil estudantes.
Além disso, mães e pais de alunos reclamam que nem sempre a merenda escolar é de qualidade comprometendo em muito o aprendizado, pois as criança ficam de 4 a 5 horas praticamente com biscoito e um simples achocolatado durante a manhã ou mesmo à tarde.
De acordo com Elza Melo, diretora da APLB, a mesa de negociação com os gestores municipais foi instalada apenas em 19 de março, um mês após a entrega da pauta da categoria. Até agora, só ocorreram duas reuniões, com a promessa de que estudos para uma contraproposta estão sendo feitos.
Até agora, a Prefeitura não se manifestou sobre o assunto que foi motivo da greve decretada nesta terça-feira, 6.
“Consideramos essa postura do Executivo municipal como um descaso, um desrespeito aos trabalhadores em educação, aos alunos, pais, mães, enfim, aos filhos das famílias de baixa renda que residem nas periferias da cidade, por não priorizar a educação que é oferecida por esse grupo político que hoje administra a cidade do Salvador”, afirma Elza.
“Frente a essa realidade, eles estão nos empurrando para uma greve, não só pelo não pagamento do Piso Salarial dos professores, previsto em lei federal. É a defesa da educação pública, gratuita de qualidade social para e que atendam às necessidades de todos os indivíduos”, acrescenta a sindicalista.