O desconto no saldo devedor pode chegar a 92% para quem está inscrito em programas sociais do Governo
Renegociar dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) de forma facilitada. Essa é a oportunidade que segue aberta para o estudante que tem contrato firmado até 2017 e está com parcelas em atraso há mais de 90 dias. A renegociação prevê desconto de até 92% no saldo devedor e parcelamento das dívidas em até 150 meses.
De acordo com o Ministério da Educação, mais de 127 mil beneficiários com contratos inadimplentes do Fies já acessaram a renegociação. Com isso, cerca de R$ 105 milhões em valores atrasados já foram pagos logo no início do prazo. Os números referem-se ao dia 30 de março.
As facilidades ofertadas aos estudantes estão previstas em Medida Provisória assinada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro. Para aderir, é preciso solicitar a renegociação da dívida no agente financeiro operador do contrato, que pode ser a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil.
Para dívidas com mais de 360 dias de atraso, a medida prevê descontos de 92% para inscritos no CadÚnico e Auxílio Emergencial, o que representa cerca de 548 mil estudantes inadimplentes. O desconto é de 86,5% para os demais, o que significa 524,7 mil estudantes. Além disso, o saldo remanescente poderá ser parcelado em até dez vezes.
No caso das dívidas com 90 a 360 dias de atraso, há a possibilidade de parcelar o valor em até 150 vezes, o que terá um alcance de cerca de 220 mil estudantes. Quem quitar a dívida integralmente tem até 12% de desconto sobre o saldo devedor, além de isenção de juros e multas.
Para ter o nome retirado dos cadastros restritivos de crédito, os beneficiários deverão pagar o valor da entrada no ato da renegociação, correspondente à primeira parcela.
Ao facilitar o pagamento, a intenção do Governo Federal é reduzir a inadimplência da carteira de crédito e garantir a sustentabilidade do Fies. De acordo com o Ministério da Educação, dos 2,6 milhões de contratos ativos, formalizados até 2017, mais de 2 milhões estão na fase de amortização, com um saldo devedor de R$ 87,2 bilhões. Desses, mais de um milhão de estudantes estão inadimplentes, ou seja, com mais de 90 dias de atraso no pagamento. Isso representa uma taxa 51,7% de inadimplência e soma R$ 9 bilhões em prestações não pagas.
Fonte: gov.br