LiuGong acumula R$ 200 milhões em contratos com Codevasf e, agora, está proibida de participar de licitação com o governo federal por 1 ano
A gigante chinesa que fabrica equipamentos de construção, a LiuGong foi punida em dose dupla – pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pelo Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) – após falsificar documentos e fraudar licitação de R$ 65 milhões.
A empresa foi declarada inidônea e, portanto, está proibida de participar de licitações no âmbito do governo federal por um ano. Além disso, terá que pagar multa de R$ 2,35 milhões. A punição do TCU ocorreu na sessão do último dia 25. Já a multa aplicada pelo Dnocs é de abril.
Em setembro do ano passado, a coluna revelou que a LiuGong havia sido declarada inidônea por 5 anos pelo TCU. Essa decisão, no entanto, logo foi derrubada pelo ministro Jhonatan de Jesus. Agora, em julho, o relator do caso, Walton Alencar, reaplicou a punição de idoneidade, mas reduziu o prazo para um ano.
A LiuGong atua no mercado internacional há mais de 65 anos e hoje tem faturamento bilionário. A companhia chinesa chegou ao Brasil em 2008 e, desde 2015, fabrica equipamentos no país.
A empresa acumula R$ 200 milhões em contratos, entre 2023 e 2024, com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para fornecer retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras e pás-carregadeiras.
Entenda fraude feita por gigante chinesa em licitação de R$ 65 milhões
De acordo com relatório do TCU, a gigante chinesa apresentou pelo menos três documentos falsos ao participar da licitação no Dnocs, em 2023. A licitação foi aberta pela estatal para comprar retroescavadeiras hidráulicas.
Para participar da licitação, as empresas precisaram entregar uma declaração da rede de assistência técnica autorizada nos nove estados onde atua o Dnocs (Ceará, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, Bahia, Sergipe e Minas Gerais). Nessas condições, a Liugong apresentou ao menos três documentos falsos – alegando que possuía assistência técnica, o que não era verdade, uma vez que as próprias oficinas negaram a parceria.
Fonte: Metrópoles