Responsável por uma das maiores derrotas eleitorais para um prefeito na história do Camisão, Marcelo Brandão (DEM) homologou um contrato estratosférico para comprar etanol, gasolina e diesel
Ele assumiu em 1º de janeiro de 2017 como a esperança para a Jucazada depois de 12 anos fora do poder, e de no mesmo período, denunciar, acusar e apontar erros das gestões da Macacada na rádio da família, chamando o poder de Malamanhado e de total falta de preparo para administrar de Ipirá, na Bacia do Jacuípe a 210 km de Salvador, com 65 mil habitantes e receita anual de R$ 120 milhões.
Não durou um semestre para a população perceber que o advogado Marcelo Brandão, seria um fiasco, como foi, na gestão pública pela centralização de poder e de erros primários, além de não cumprir promessas de campanha.
Ignorou aliados, abandonou a população e desconsiderou a importância dos servidores públicos, assim como deixou de abastecer com suprimentos básicos as escolas, os postos de saúde, o hospital e o social, situação em que depende ao menos 2/4 dos moradores de Ipirá, como de resto das cidades do Semiárido baiano.
Como resultado, Marcelo Malamanhado Brandão sofreu um direto que causou “nocaute” no domingo, 15/11, quando perdeu de forma acachapante por 19.856 a 13.762 votos, uma diferença de 6.094 com percentual de 58,09% contra 40,26% – 17,83 pontos percentuais.
Em praticamente 4 anos, além ser deficiente no básico, o derrotado construiu apenas uma biblioteca que inaugurou depois de quase 2 anos, mas não pode funcionar, a Avenida Rio Grande do Sul com um poste no meio da pista e tentou assumir como da gestão todo o asfaltamento de parte do centro da cidade. Na verdade, foi responsável pela metade dos 2,5 km.
Ainda nesse período, abandonou o Mercado de Artes (que pegou fogo meses antes de assumir), não reformou a Casa dos Estudantes, em Salvador, nem sequer tirou o nome de Centro de Aborrecimento dado por ele ao Centro de Abastecimento onde se realiza a feira do município.
Ainda afrontou os servidores públicos, que são responsáveis pelo atendimento da população na educação, na saúde, no social, na limpeza urbana, na iluminação pública, etc., ou todos os serviços que a administração pública tem que prestar aos moradores que pagam impostos e taxas.
Mais um desastre
A terça-feira, 17/11, 48h depois de nocauteado e estar na lona, foi de mais duro golpe nas finanças da administração de Ipirá. A 44 dias de deixar o cargo, Malamanhado homologou um contrato com a empresa AS Viana Costa Dantas de R$ 4.251.020,00 (quatro milhões, duzentos e cinquenta e um mil e vinte reais) para fornecimento de etanol, gasolina e diesel para a frota da cidade.
O resumo da publicação de 17/11 (cópia abaixo) não especifica o período do contrato (se de 1 mês ou 1 ano quando não estará no Executivo) e aí permite análises rápidas.
Se o contrato terminar no dia 31 de dezembro próximo, a Prefeitura vai gastar R$ R$ 96,6 mil de combustíveis por dia, se for apenas de gasolina vai comprar 22 mil 467 litros por dia, se for etanol vai ser 26 mil 694 litros diários ou 29 mil 275 litros de diesel a cada 24h.
Se o contrato for por um ano (365 dias), o gasto diário com combustíveis vai ser de R$ 11.646,63 (onze mil, seiscentos e quarenta e seis mil e sessenta e três centavos).
Uma expressão não se adequou tão bem para quem criou como “Malamanhado”, que ele chamava diariamente quem estava no Executivo.
Yancey Cerqueira. Dr. h.c
Radialista DRT/BA 06