Quem levou foi a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, com o livro ‘Imagens da Branquitude: a Presença da Ausência’. Inferno astral começa com um pequeno tropeço
Em meio ao início do tarifaço de Donald Trump e da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, pouco se falou nesta semana na premiação do Prêmio Jabuti Acadêmico, que ocorreu nesta semana, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e congratulou a antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz.
Alexandre de Moraes também concorria na categoria, com obra sobre desinformação nas redes sociais, mas não deu para ele. Moraes escreveu o abc do direito e hoje esqueceu do kyw (kkk).
Foi mais mérito da cofundadora da Companhia das Letras do que demérito do ministro do Supremo, claro.
Lilia venceu com o livro Imagens da Branquitude: a Presença da Ausência, lançado no ano passado — uma leitura crítica de imagens que ajudaram a construir a ideia de branquitude no Brasil.
“Esse é um livro de vida, resultado de um curso de mais de 20 anos na USP chamado ‘Lendo imagens’. A partir dele e do diálogo com os alunos, fui descolonizando meu olhar e fazendo meu próprio letramento racial com imagens”, disse Lilia.
“Esse é também um livro que revela meu aprendizado a partir da vasta e competente bibliografia sobre o tema da branquitude. A partir dai interseccionei as imagens com a bibliografia”.
Livro de Moraes é atual e necessário
Professor titular de direito eleitoral da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde se graduou em 1990 e se tornou doutor em direito de Estado em 2000, Moraes concorreu com o livro Democracia e Redes Sociais: o Desafio de Combater o Populismo Digital, da editora Atlas.
A obra tem 352 páginas e é vendida pela bagatela de R$ 199 — em promoção online, sai por R$ 167,16.
Nela, Moraes fala da instrumentalização das redes sociais e da atuação das “milícias digitais” — tratadas como instrumento de “corrosão da democracia” no contexto da comunicação entre os eleitores e seus representantes.
Na análise, o ministro detalha como o que chama de “populismo digital extremista” tem se aproveitado das redes sociais e dos serviços de mensagens privadas para corroer os pilares da democracia.
Moraes cita ainda a necessidade de uma reflexão sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais, especialmente nos períodos eleitorais.
Por fim, o ministro dá ênfase à atuação da Justiça Eleitoral no combate à desinformação e aos discursos de ódio e antidemocráticos — o que ganha relevância ainda maior às vésperas das eleições presidenciais de 2026.
Democracia e Redes Sociais tem apresentação do ex-presidente Michel Temer e prefácio de Celso de Mello, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: R7