Até o início da tarde a Câmara Municipal da cidade não havia chegado o projeto de declaração de Calamidade para ajuda às pessoas e famílias de baixa renda na crise do coronavírus
Mais uma vez em Candeias, na Região Metropolitana a 46 km de Salvador, a Câmara não realizou sessão por ausência de parte dos vereadores do “favorável” à indigestão placebo que, por enquanto, faz Live, mas como disse a presidente Lucimeira Magalhães (PSL) “Live não mata a fome nem coloca a comida na mesa de ninguém”.
O projeto que permitiria ajuda e precauções não havia chegado à Casa Legislativa.
Hoje, mais uma vez, pela ausência de vereadores do “amém ao gestor” não houve sessão, apesar de estarem na Casa Legislativa o líder Reigilson Soares (PP), e os edis Adailton Sales (Republicanos), Gerson Conceição (Podemos), Maria Rita (PP) e Rosana Souza (Podemos), a única que ficou no Plenário, mas com apenas os oposicionistas: Arnaldo Araújo (MDB), Edmilson Amaral (SD) Fernando Calmon (PSD), Jorge Moura (SD) e a presidente Lucimeire Magalhães, não houve quórum nem para abertura e muito menos votação.
O interessante é que de quinta-feira, 2/04, a sábado, 04, não havia covid-19 para ninguém e todos se reuniram para a arrumação que lhe permitem tentar a relação. Cabe ao eleitor avaliar.
No auditório e plenário somente os vereadores e mais um assessor de cada um e funcionários da Câmara para evitar aglomeração.
A gestão do descaso com a população que os elegeu com a promessa de cuidar para o bem-estar, principalmente, os de baixa renda é insensível, afirma o vereador Arnaldo Araújo (MDB).
Enquanto Salvador, que teve uma renda de menos da metade per capita em relação a Candeias, a Prefeitura já colocou à disposição cesta básica para todos os alunos da rede municipal e mais R$ 270 para autônomos, ambulantes e outros profissionais, a administração candeense é vampiro (que só pensa em arrecadar), afirma o vereador.
A ajuda em Candeias vai custar R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) por mês, apenas meio-dia de arrecadação da Cidade das Luzes que, para o povo, a gestão faz questão de deixar apagadas. A Prefeitura tem em caixa – investido para render lucro aos banqueiros – mais de R$ 270 milhões. “Dinheiro não falta para atender o povo. Falta consideração às pessoas”, vaticina Arnaldo.
Em 2018, Salvador teve receita de R$ 6.447.597.082,54 (seis bilhões, quatrocentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e noventa e sete mil) que dividido pela população de 2.970.000 (dois milhões, novecentos e setenta mil) habitantes representa uma renda por pessoa de R$ 2.170,00 (dois mil, cento e setenta reais), Candeias com receita de R$ 447.781.999,96 (quatrocentos e quarenta e sete milhões, setecentos e oitenta e um mil, novecentos e noventa e nove) com renda per capita de R$ 5.031,25 (cinco mil, trinta e um reais), ou seja, 2,3 (duas virgula três) vezes mais vai oferecer apenas 18,51% (R$ 50) do que o pagamento feito pela Prefeitura de Salvador para os soteropolitanos.
A cesta que vai ser entregue nesta Semana Santa é uma tradição de décadas na cidade e agora, depois de muitas críticas e reclamações, o peixe vai ser corvina e não a desconhecida tilápia, que causou revolta nos anos anteriores, mas como tem eleição em 2020, o prefeito quer mostrar simpatia ao eleitor a quem ignora desde que chegou ao Palácio Ouro Negro.