A reunião ocorreu depois de quase 60 dias do primeiro caso no Brasil e quase 10 dias do surgimento da covid-19 na cidade
Omissão e descaso. As duas palavras se enquadram na forma como a Secretaria de Saúde de Candeias, que tem a 7ª renda das 417 cidades da Bahia e a receita da Secretaria é maior do que 300 municípios baianos, vem tratando a pandemia reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) há 45 dias, que já matou quase 200 mil pessoas e contagiou 2 milhões de habitantes. No Brasil, são 41 mil casos e quase 2,8 mil mortes. A Bahia tem 53 mortes e 2 mil casos. Em Candeias, 3 casos confirmados e uma dezena descartada.
Sem ações que possam beneficiar diretamente os 89 mil candeenses, a não ser “Lives” e decretos que gastam tempo e tinta, o cidadão se ver abandonado, principalmente, os de baixa renda. Somente no CadÚnico são 9 mil inscritos.
Depois dos micos da malograda reabertura da UPA (ufa), dos R$ 50 para estudantes municipais, a cesta básica que não veio ainda e a “bagunça” na entrega do peixe da Semana Santa, os gestores começam a adotar atrasadamente as medidas que outros municípios em situação semelhante da doença já fizeram há quase um mês.
Hoje, a secretária de Saúde, que também acumula a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, e “administra R$ 130 milhões”, conseguiu num esforço hercúleo reunir a famigerada e omissa Comissão de Saúde da Câmara Municipal integrada pelos edis Nairvaldo Rebouças, Reigilson Soares e Rosana Souza.
Os “eminentes representantes do povo” nesse período não conseguiram enxergar a omissão da gestão municipal que, segundo a vereadora Lucimeire Magalhães, quer administrar por “Live”. Os três integram o grupo “amém; favorável”
Barreira sanitária, ajuda a pessoas de baixa renda no valor de R$ 300 e isenção de impostos municipais, foram propostos pelo vereador Arnaldo Araújo.
De novo, a gestão usa o decreto para exigir máscaras em todos os cidadãos e cidadãs que estejam no território candeense, o que não oferece aos funcionários da saúde (grupo de alto risco), assim como álcool em gel nem demais instrumentos capazes de prevenir a doença. Segundo relatos dos mesmos, o “pânico tomou conta” dos profissionais.
Em síntese, a população continua de “Mãos Limpas”.