O Ministério das Relações Exteriores publicou na tarde deste domingo, 6/7, a “Declaração do Rio de Janeiro”, documento que consolida os compromissos firmados pelos países na 17ª Cúpula do BRICS, realizada até esta segunda-feira, 7, no Rio de Janeiro.
Documento ignora corrupção, ditaduras, opressões e perseguições na quase totalidade dos países integrantes, como Brasil, China, Rússia, além de não condenar os terroristas do Hamas, Hezbollah e Houthis, que matam milhares de pessoas todos os anos.
No texto, os países defendem a reforma do Conselho de Segurança da ONU (que depende de decisão unânime) , com a ampliação de membros permanentes, para tornar o órgão “mais representativo, eficaz e eficiente”. O Brasil, onde os direitos humanos estão sendo aviltados, tem interesse direto na pauta e busca apoio do bloco para uma vaga permanente.
O documento também aborda a crise no Oriente Médio, defendendo a solução de dois Estados, com Israel e Palestina convivendo lado a lado, em paz e com fronteiras seguras. A declaração reitera apoio ao direito dos palestinos à autodeterminação (precisam exigir isso do Hamas e do Irã que pregam o fim do Estado de Israel).
Outro ponto de destaque é o repúdio a ataques contra instalações nucleares e civis no Irã. O Brics manifestou preocupação com tensões recentes na região e defendeu o diálogo como caminho para a estabilidade no Oriente Médio.
Entre os demais promessas, a declaração cita:
- Expansão do BRICS, com entrada de novos membros e parceiros.
- Uso de moedas locais para transações comerciais entre os países, buscando reduzir a dependência do dólar.
- Fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), com foco em projetos de infraestrutura e sustentabilidade.
Aprovação de declarações sobre finanças climáticas e governança global da inteligência artificial, com ênfase em uso ético e responsável.
- Compromisso no combate ao protecionismo e fortalecimento do comércio multilateral.
- Cooperação em áreas como segurança alimentar, transporte sustentável, inovação tecnológica e educação.
A “Declaração do Rio de Janeiro” foi divulgada ao fim da cúpula, que reuniu representantes dos 11 países-membros do Brics em meio a discussões sobre os rumos da economia internacional e os desafios globais de segurança e desenvolvimento.