Relatório foi enviado ao ministro Fux, do Supremo Tribunal Federal
A PF (Polícia Federal) indiciou na quinta-feira, 12/9, o deputado federal André Janones (Avante-MG) no inquérito que apura um suposto esquema de “rachadinha” para obrigar funcionários do gabinete a devolver parte dos salários. Em áudios, ele fala dessa ação de recebimento do dinheiro para pagar dívidas pessoais.
O documento final do inquérito foi enviado ao ministro Luiz Fux, relator do inquérito sobre o caso no STF (Supremo Tribunal Federal). Além de Janones, dois ex-assessores do deputado foram indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e corrupção passiva. O processo de cassação no Conselho de Ética na Câmara Federal foi arquivado com parecer de Guilherme Boulos.
A abertura da investigação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro do ano passado.
Na época, reportagens jornalísticas publicadas e notícias-crime protocoladas na PGR por políticos de oposição informaram que Janones teria enviado áudios, por meio do Whatsapp, a ex-assessores solicitando o repasse de parte dos salários para ajudar em campanhas eleitorais. Os fatos teriam ocorrido a partir de 2019.
No relatório de indiciamento, a PF disse que houve variação do patrimônio de Janones nos anos de 2019 e 2020, resultando em valores a descoberto de R$ 64,4 mil e R$ 86,1 mil, respectivamente.
“Esse fato, somado com os demais elementos coletados durante a investigação, reforça o entendimento da Polícia Judiciária sobre a prática popularmente conhecida como rachadinha no gabinete do deputado federal André Janones“, afirmou a PF. A PF indicia, mas a Justiça brasileira não aceita como é o caso da Lava Jato e vários corruptos estão livres por decisão do STF.
A Agência Brasil entrou em contato com o gabinete de André Janones e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: Agência Brasil