Dezenas de milhares de candidatos fizeram o chamado “Regime Especial De Apoio a Amigos” e a maioria dos aprovados esperam há meses serem chamados
A arrecadação com os conhecidos “processos seletivos com vagas temporárias” chegou a milhões de reais, mas sequer 50% dos aprovados foram convocados pela “Indigestão Placebo”, e agora devem ficar sabendo da publicação, tudo em nome da pandemia, de uma “Licitação” de empresa “especializada” para contratar mão de obra para atuar nas distintas áreas da Prefeitura de Candeias.
O aviso, de mais um drible na consciência dos cidadãos e cidadãs candeenses, foi publicado no DOM (Diário Oficial do Município) de 24/04 (cópia abaixo) e o pregão presencial vai ser realizado no dia 11/05. Se os interessados quiserem “Maiores? (não seria Mais) informações, devem se apresentar às 9h30 daquele dia.
O interessante é que todos sabem que licitações podem ser contestadas e atrasar mais ainda a efetivação das contratações dessa mão de obra. Aliás, como tem sido o marasmo da gestão no enfrentamento da covid-19, senão vejamos o histórico nesse quesito:
01 – O mico da reabertura da UPA (não efetivada por razões óbvias – estrutura destruída);
02 – As aglomerações por causa do anúncio intempestivo de cesta básica nos CRAS, que nunca foram entregues, e do peixe da Semana Santa desrespeitaram o decreto de isolamento por culpa da indigestão municipal;
03 – Denúncia da presidente da Câmara de Vereadores, Lucimeire Magalhães, de que o “prefeito tem que saber que não se administra por Live” – falar em redes sociais;
04 – Enquanto Madre de Deus com 21 mil habitantes fez barreira sanitária há 40 dias, Candeias começou há 15 dias depois de veementes pedidos na Câmara pelo vereador Arnaldo Araújo (MDB);
05 – Descaso com EPI’s, principalmente, com os funcionários da Saúde que levou diretoras administrativa e médica do Hospital Ouro Negro a discutirem recentemente – falta tudo;
06 – As máscaras hoje entregues aos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem – grupo de ponta e alto riso do combate ao covid-19) depois de denúncias na imprensa são caseiras e de baixa qualidade – tem que gastar pouco;
07 – Não há nenhuma campanha de alerta, aviso e cuidados na cidade contra o coronavírus. Lives e Cards em redes atingem apenas 43% (quarenta e três por cento) dos 87 mil candeenses (37 mil 410);
08 – Os R$ 50 reais para os alunos da rede municipal (abortada dentro da gestão pela reação negativa) não foi entregue depois de 45 dias sem aulas e ainda nada foi anunciado;
09 – O decreto de calamidade pública (que fechou comércio e restringiu circulação) e prejudica milhares de ambulantes, feirantes, autônomos, mototaxistas, taxistas, vendedores, escritórios entre outros, tem mais de 40 dias e a gestão ficou parasita na ajuda a esses profissionais e às 9 mil famílias inscritas no CadÚnico.
Finalizando, obras malfeitas (no fim de semana a Casa da Música – que nunca funcionou como deve – virou uma piscina de água de chuva, pavimentação que se derrete com orvalho, casos de contratação de médico falso e demissão de comissionados sem pagar a rescisão marcam a atual gestão. Conte ainda com arrocho do empresariado com altos impostos e elevadíssimo desemprego.
Aliado a isso, a omissão da Comissão de Educação e Saúde da Câmara de Municipal, integrada pelos edis Nairvaldo Santana, Reigilson Soares e Rosana Souza, que fazem parte dos 12 da bancada do “Amém”. Uma reunião 45 dias depois da covid-19 na Bahia resultou até agora do “nada para coisa nenhuma”.
Candeias, que teve o primeiro caso há quase 30 dias, conta hoje com 7 pessoas infectadas e em isolamento e tratamento.
A cidade tem a 7ª arrecadação dos 417 municípios da Bahia com R$ 447 mi em 2018, tem em torno de R$ 285 mi em caixa aplicado em bancos, mas escolas, creches e repartições estão sucateados e servidores há 3 anos sem reajuste com perda de 12% nos salários cuja média é uma das mais baixas a Região Metropolitana de Salvador.
E lembram da expressão “Mãos Limpas”. O candeense sabe agora o que é.