Com história de resultados esportivos ruins na Bahia, o presidente da CBF colhe esse mesmos fracassos na CBF
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já decidiu pela demissão do técnico Dorival Júnior do comando da seleção brasileira. A reunião agendada para a tarde desta sexta-feira, 29/3, entre o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e o treinador deve apenas oficializar a saída. A informação é do colunista Rodrigo Mattos.
Desde que assumiu a CBF com a saída de Marco Polo Del Nero, o atual presidente soma erros e fracassos com as seleções brasileiras feminina e masculina. O Brasil perdeu partidas seguidas para africanos e nas Eliminatórias – algo que nunca havia acontecido. A feminina fez a pior campanha da história da Olimpíada. O atual presidente da CBF teve o mesmo desempenho no futebol baiano quando derrubou a FBF do 5º para o 9º lugar no ranking, Bahia e Vitória (grandes forças do futebol do Nordeste) juntos caíram para a 3ª Divisão (não é culpa, mas quando ganha elogios a ele). E cuidado com a participação do Brasil na Copa do Mundo para não repetir o Macaranazo e o Mineiraço.
O principal fator que definiu a demissão foi a goleada por 4 a 1 sofrida diante da Argentina, em Buenos Aires, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. No entanto, segundo avaliação interna da CBF, o resultado foi apenas o desfecho de um processo de desgaste iniciado ainda durante a Copa América, quase um ano atrás.
De acordo com dirigentes da confederação, a seleção brasileira foi amplamente dominada pela Argentina, sobretudo no meio-campo, e o técnico não apresentou soluções táticas para reverter o cenário. A comissão técnica manteve dois jogadores no setor central contra cinco atletas argentinos, o que expôs a equipe em boa parte do jogo.
Falta de padrão e decisões questionadas
Ainda conforme avaliação da cúpula da CBF, Dorival iniciou a trajetória de forma promissora, especialmente nos amistosos contra Inglaterra e Espanha. No entanto, perdeu consistência a partir das convocações para a Copa América e durante as Eliminatórias.
As constantes mudanças nos nomes chamados a cada lista geraram, segundo a entidade, falta de continuidade e dificuldade na formação de uma base sólida para a equipe.
Outro ponto de incômodo foi a presença do filho do treinador, Lucas Silvestre, como principal auxiliar técnico. A CBF esperava que o ex-jogador Juan, contratado como integrante da comissão, tivesse um papel mais ativo e atuasse como contraponto técnico — o que, na visão interna, não ocorreu como planejado.