Programa Mundial de Alimentação ganha Nobel da Paz 2020

O prêmio Nobel da Paz 2020 foi concedido nesta sexta-feira, 9/10, vai para o Programa Mundial de Alimentação (WFP, em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU), “pelos esforços no combate à fome, pela contribuição na melhoria das condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e por agir como uma força motriz nos esforços para prevenir o uso da fome como arma de guerra e conflito”.

De acordo com a Fundação Nobel, o WFP é “a maior organização humanitária do mundo que trata da fome e promove segurança alimentar”. A instituição afirmou que a pandemia do novo coronavírus contribuiu para um aumento no número de vítimas da fome no planeta, e o programa mostrou uma habilidade impressionante para intensificar os esforços no combate a esse problema. “Até o dia em que tivermos uma vacina, o alimento é a melhor vacina contra o caos”, disse a fundação.

Em 2019, o programa atendeu quase 100 milhões de pessoas em 88 países. Segundo o site do grupo, “é a principal organização humanitária que salva e muda vidas, entregando assistência alimentar em emergências e trabalhando com comunidades para melhorar a nutrição e construir resiliência”.

O prêmio concedido ao grupo vencedor é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,1 milhão de dólares).

Curiosidades

De 1901 a 2019 foram entregues 100 prêmios Nobel da Paz a 107 indivíduos e 27 organizações. A pessoa mais nova a receber a honra foi a paquistanesa Malala Yousafzai em 2014, aos 17 anos. De todos os ganhadores, 17 foram mulheres.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, em inglês) já ganhou três vezes, em 1917, 1944 e 1963, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, em inglês), duas, em 1954 e 1981.

Em 1973, o político vietnamita Le Duc Tho foi premiado junto ao então secretário de estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, pela negociação do acordo de paz com o Vietnã. Tho disse que não estava em posição de aceitar a honra em função da situação no país dele.

Três pessoas estavam presas quando foram premiadas com o Nobel da Paz: o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky, a política birmanesa Aung San Suu Kyi e o ativista dos direitos humanos chinês Liu Xiaobo.

Fonte: CNN Brasil