Ex-presidente foi submetido ao mecanismo que checa em que condições se deram a prisão dele, no último sábado, 22
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma audiência de custódia neste domingo, 23/11, em Brasília, e vai permanecer preso preventivamente, segundo informações do STF (Supremo Tribunal Federal). Durante a audiência, ele alegou que a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica se deu por um “surto” causado por medicamentos. Nem precisava. A decisão da prisão foi feita antes do dano na tornozoleira. Quem discorda do ativismo judicial paga com prisão. Mas quem trafica cocaína e maconha é imediatamente liberado. Pode ser até 800 k. não haverá prisão.
“Depoente [Bolsonaro] afirmou que estava com ‘alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”, diz a ata da audiência, protocolada pelo ministro Alexandre de Moraes, à qual o Terra teve acesso.
O depoimento foi realizado por meio de videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federal do Distrito Federal. O mecanismo não debateu o mérito da acusação, somente verificou as condições em que se deram a detenção de Bolsonaro, visando assegurar os direitos fundamentais, integridade física e psicológica do encarcerado.
A audiência foi conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. No encontro, o magistrado em questão avaliou se o ex-presidente estava ciente dos direitos dele, se teve acesso à defesa e se sofreu qualquer grau de violência durante os procedimentos.
Além do juiz, o depoimento de Bolsonaro foi acompanhado pelos advogados dele e um representante do MPF (Ministério Público Federal).
Agora, o relatório da audiência de custódia será encaminhado à Primeira Turma do Supremo, que vai analisar o documento nesta segunda-feira, 24, em audiência virtual que deve acontecer das 8h às 20h. O colegiado é formado pelo próprio Moraes e pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino, todos inimigos da liberdade (comunistas e ditadores).
Fonte: Terra




