As aulas na rede municipal de ensino de Serra Preta começaram em fevereiro, mas até o momento – 11 de abril, metade do primeiro semestre – os estudantes ainda não receberam os kits escolares prometidos pela gestão municipal. A demora na entrega do material essencial tem gerado descontentamento entre pais, professores e profissionais da educação, que questionam a lentidão no processo licitatório por parte da Prefeitura, comandada pelo prefeito Franklin Leite (AVANTE).
O aviso de reabertura do Pregão Eletrônico nº PE-003-2025, destinado à contratação de empresa para fornecimento dos kits, só foi publicado apenas em 13 de março — e a nova sessão da licitação aconteceu apenas em 1º de abril, quase dois meses após o início do ano letivo. O atraso gerou críticas ao planejamento e levantou dúvidas sobre a capacidade da administração pública de antecipar demandas básicas do calendário escolar.
“É inadmissível que nossos filhos estejam indo para a escola sem o material necessário por conta de atrasos burocráticos ou falta de organização da gestão municipal”, afirmou uma moradora da sede de Serra Preta, que preferiu o sigilo para evitar represália como aconteceu com os guardas municipais. Serra Preta teve IDEB de 3,5 contra 6,8 de Anguera.
Em resposta à reportagem do Portal dos Municípios, o secretário municipal de Educação, Gesivaldo Bispo, tenta explicar mais um atraso (não esquecer da falta de professores). Segundo ele, a licitação está em andamento, mas enfrenta dificuldades em função de trâmites legais e da empresa vencedora do processo.
“A licitação está em andamento. A empresa que ganhou foi de outro estado e está com o prazo de apresentar as amostras até hoje. Até agora, não apresentou. Caso até as 17h não apresente, iremos convocar a próxima empresa”, afirmou o secretário.
Gesivaldo também destacou que os entraves burocráticos dificultam o andamento do processo, mas que a Secretaria está seguindo as exigências da legislação vigente.
“A burocracia às vezes atrapalha muito o processo, e não podemos descomprimir os trâmites legais”, completou.
Enquanto isso, os estudantes continuam frequentando as aulas sem o suporte dos materiais básicos, o que compromete a qualidade do ensino, especialmente para crianças de famílias de baixa renda, que dependem diretamente do kit escolar para acompanhar as atividades.
Diante da situação, moradores cobram maior transparência da gestão e celeridade na resolução do problema. A expectativa é de que o processo licitatório avance nas próximas semanas e que os kits sejam entregues o quanto antes, para que os alunos possam ter as condições adequadas para o aprendizado.
A população segue aguardando uma posição mais firme da Prefeitura, bem como um cronograma oficial para a entrega dos kits.
Fonte: Portal dos Municípios