Será o quinto aumento consecutivo, segundo expectativa do mercado e conforme indicado pelo Copom na última reunião em janeiro. Galípolo foi indicado por Lula
O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), deve decidir em reunião na terça, 18/3, e quarta-feira, 19, elevar a taxa básica de juros da economia brasileira em 1 ponto percentual, passando dos atuais 13,25% para 14,25% ao ano. Essa é a expectativa do mercado para a Selic, que foi sinalizada pelo próprio comitê no último encontro. Deve ser o maior nível desde 2016, no governo Dilma Rousseff (PT) e agora com Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Com isso, a taxa vai atingir o maior patamar registrado desde julho de 2006, na quinta alta consecutiva, desde setembro. É a segunda reunião com o comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo, que tomou posse no começo do ano.
A Selic é o principal instrumento para controlar a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. No entanto, taxas maiores dificultam o crescimento econômico.
Após alta da inflação, o Banco Central tem intensificado o aumento dos juros para conter o consumo e os preços. Em fevereiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação oficial do país, foi de 1,31%, maior índice para o mês desde 2003.
No entanto, com a queda do dólar, que fechou em R$ 5,74 (15% maior que há 2 anos) na sexta-feira, 14, houve melhora no cenário para a inflação, de acordo com análise da equipe econômica do C6 Bank, liderada por Felipe Salles. “Isso porque a valorização registrada na taxa de câmbio deve ter mais que compensado o efeito da elevação das expectativas de inflação”, avalia em nota.
“Acreditamos, por ora, que o Banco Central deve fazer mais duas elevações nos juros, além da já sinalizada para a reunião desta semana, até o meio do ano e, com isso, a Selic deve terminar o ano em 15%. Projetamos que a Selic se mantenha nesse patamar até o fim de 2026″, acrescenta.
Fonte: R7