O Governo do Estado banca com dinheiro do cidadão um campeonato que nos últimos somente acumula perda de credibilidade
Dois jogos abriram hoje, 15/1, a Edição 2022 do Campeonato Baianinho de Futebol com vitória do Jacuipense contra o Doce Mel, no Estádio Manoel Barradas, em Salvador, por 1 a 0 com gol de Jean aos 24min do segundo tempo e empate do Bahia de Feira e Bahia por 2 a 2, na Arena Cajueiro, em Feira de Santana.
Neste momento jogam no Estádio Antônio Carneiro, em Alagoinhas, Alético, atual campeão do baianinho, e Vitória da Conquista.
Amanhã jogam, às 16h, Vitória e Juazeirense, no Estádio Manoel Barradas, e às 18h15, Unirb x Barcelona, também no Antônio Carneiro, em Alagoinhas.
Estado banca
A competição tem o patrocínio do Governo da Bahia que gasta quase R$ 15 milhões para a transmissão da TVE e, em determinados momentos pela falta de interesse, chega a marcar 0 ponto na audiência em Salvador e Região Metropolitana (4,2 mi de habitantes). Para se ter uma ideia, um ponto nas transmissões de TV na região representa 18 mil telespectadores.
O Estado que não oferece segurança pública, não melhora as estradas, tem um dos piores níveis de educação do Brasil e ainda a Central de Regulação – que seleciona quem pode ser atendido nos hospitais de alta complexidade -, gasta com o futebol profissional para atender capricho de uma competição desprezada pelas TVs comerciais por falta de público e patrocínio. Essa pífia audiência é em mais de 60% dos jogos transmitidos.
Nesses últimos 20 anos, no ranking de Federações da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a FBF registra queda do 5º para o 9º lugar pela má gestão, fracasso de público e renda e desempenho pífio dos nossos que, assim como a FBF, são mal geridos. O mesmo grupo dirige a entidade, que tenta administrar o nosso futebol, há 20 décadas. A receita é próxima de R$ 7 milhões, e os clubes nada recebem pelas participações.