Com o Bahia disputando com o time B (ou talvez C) e o Vitória sem nenhuma atração na equipe que apenas se salvou da 3ª Divisão, competição segue ritmo dos últimos, pelo menos,10 anos
A edição 117 do Campeonato Baiano de 2021 começa com um jogo isolado na quarta-feira, 17, entre o Vitória, com uma equipe sem reforço considerado, e o Unirb, caçula na competição e que empataram por 3 a 3, e hoje tem sequência na 1ª rodada com mais 3 partidas.
Jogam a partir das 16h, em Feira de Santana, Bahia de Feira e Jacuipense (Arena Cajueiro), Fluminense e Atlético de Alagoinhas (Alberto Oliveira) e, em Salvador, Bahia e Juazeirense. Não haverá público nos estádios por causa da pandemia, mas se houvesse a possiblidade da média seria ou ultrapassaria os poucos mais 500 torcedores porque a goleada de 4 a 0 do Bahia principal sobre o Fortaleza ontem pelo Brasileiro, deveria empolgar o tricolor ir à Fonte Nova hoje.
No mais, o Baianinho (batizado pelo saudoso colega Armando Oliveira com quem tive a satisfação de trabalhar em duas empresas) vai continuar declinando enquanto os dirigentes (de Clubes e Federação) sejam apenas profissionais para receber os polpudos salários e mais que amadores no trato do produto.
Abraçados a vaidades e elucubrações, presidentes e diretores de futebol das equipes contratam mal, tentam interferir no campo e ainda usam o cargo para aparecer mais do que devem. Poucos aceitam opiniões divergentes e trazem apenas aqueles jogadores(?) que lhes são simpáticos que, além de onerarem a folha, são de alto custo-benefício e ainda improdutivo até mesmo dentro do grupo, ou nos vestiários como os boleiros preferem.
Quanto a entidade que deveria cuidar da imagem do esporte mais popular do Brasil, havia pelos incautos até uma certa esperança de melhora depois que o presidente passado foi obrigado a desistir do cargo, mas não do comando. O atual apenas segue a cartilha de fracassos e insucessos do anterior, a quem deve favores para chegar ao poder.
Todos se recordam que a eleição foi antecipada em um ano sob as mais estapafúrdias explicações, e a Justiça alegou que não podia impedir prejuízo financeiro à entidade, que recebe em torno de R$ 7 milhões por ano, gasta mais da metade com mídia, advocacia e salários de meia dúzia de dirigentes e o pleito não custaria R$ 100 mil.
E o dano ao futebol e à democracia de uma entidade que volta a receber recursos com o novo patrocinador da transmissão, o Governo do Estado, que vai investir ou gastar? mais de R$ 12 milhões enquanto estradas, por exemplo, BAs 120, 233, 522, 523 e 524 estão abandonadas, escolas sucateadas, como o Polivalente, de Candeias.
A Fonte Nova foi demolida, mas erguida novamente por um custo alto para nossos padrões, essa turma que se diz ‘profissional’ desmoronou a nossa paixão. O campeonato está sem cor, brilho nem empolgação.
É o nosso Estado que, segundo a música é Triste Bahia, ou recordando Otávio Mangabeira, que um dia deu nome à conhecida Fonte Nova: “Pense no absurdo, na Bahia tem precedentes” segue o feudo de meia dúzia em detrimento de 16 milhões de baianos.
Yancey Cerqueira, Dr. h.c
Radialista DRT/BA 06