Lideranças foram exoneradas por tirarem fotos com supostos adversários ou não confirmarem votos em candidatos apoiados pelo gestor
A política muda o comportamento, e as pessoas ao chegarem a Poder, têm certeza que não donas do Município, Estado ou União, e esquecem o que fizeram muitos hoje desconsiderados, para que os mesmos alcançassem os postos de comando, não de propriedade.
Várias lideranças políticas que, recentemente, ajudaram eleger e reeleger o prefeito de Candeias foram exoneradas por não se manifestarem a favor, por exemplo, do candidato a deputado federal ou governador da Bahia neste ano. Em relação ao cargo de deputado estadual dá até para entender porque a primeira-dama é pré-candidata.
Porém, a reação de exonerar aqueles que somariam no pleito de outubro é clara para quem acha que domina o desejo e vontade de todos, o que não é verdade nem é ad eternum.
Exonerações
Para se ater aos fatos, as demissões ou exonerações começaram quando, em um almoço, o ex-secretário Marcos Vinícius apresentou a pré-candidata a deputada federal, Roberta Roma, mulher do pré-candidato a governador, João Roma (PL), a líderes políticos de Candeias.
Em uma das fotos publicadas, apareceu o ex-vereador e ex-secretário, então nomeado pela Prefeitura, Jairo Silva (Jarinho) que, ato contínuo, foi exonerado.
Na sequência, o outro exonerado foi o radialista Deivison Salomão, que, em um grupo de WhatsApp se manifestou a favor do pré-candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) e também garantiu apoio a primeira-dama. Não adiantou, pois foi imediatamente também foi exonerado.
Depois dos Republicanos manifestarem, na cidade, apoio a outros candidatos a deputado estadual, os seguidores do vereador Pastor Adailton Sales, foram exonerados. Tudodepois se agravou também quando o deputado federal Mário Marinho criticou a postura política do gestor de Candeias depois de uma solenidade na Câmara Municipal.
Entre os exonerados estão a secretária municipal Márcia Teles e a advogada Josy Silva, candidata vereadora em 20202, que exercia cargo de confiança na Prefeitura.
Outros não quiseram continuar na gestão como médico e ex-prefeito de São Sebastião do Passé, Breno Conrad, que, nos bastidores, afirmou que, por falta de condições operacionais e de funcionalidade, entregou o cargo de diretor do Centro Luiz Viana.
Por considerar constrangimento e desrespeito pela história de apoio ao gestor, Uelinton Cruz, que trabalhava no grupo há quase 10 anos, pediu demissão. Uma mudança na função informada por WhatsApp foi o estopim. Uelinton era, como se diz na gíria popular, da “cozinha do prefeito – prefiro dizer da sala de estar”, ou seja, gozava de total confiança, mas não foi considerado numa transferência de função.
Outros casos de exoneração por questões políticas existem.
Cabe agora ao Ministério Público Eleitoral averiguar.