O São João terminou no dia 29 de junho, portanto há 38 dias, mas os cantores e músicos das cidades e Candeias (receita R$ 422 mi), Madre de Deus (receita R$ 158 mi) e São Sebastião do Passé (R$ 150) – todas do ano de 2021 –, apesar da pandemia, ainda não receberam os cachês da participação nos festejos juninos deste ano.
A contradição nisso está em que os grandes astros nacionais ficam com 50% na assinatura do contrato e os outros 50% antes mesmo de subir no palco porque muitos gestores dão verdadeiros calotes nos artistas.
Nenhum deles fala sobre o assunto com receio de represália mesmo morando nas cidades onde muitos nasceram e desenvolveram as habilidades artísticas.
O BahiaOn teve a informação já confirmada por pessoas próximas aos mesmos que, sob pedido de sigilo, demonstraram a indignação com a situação que, de acordo com alguns, somente deve ser resolvida no mês de setembro, ou seja, quase 3 meses depois.
A incoerência é que o valor em cada cidade para todos os artistas nativos não deve ser sequer a metade do cachê de uma grande banda ou um cantor nacionalmente famoso. Esses impõem condições, mas os da casa, são desrespeitados e, se discordaram, são literalmente limados. Vale a máxima do dito popular: Santo de casa não faz milgare.
E todos os gestores querem, neste momento, apoio dos eleitores para os candidatos que apoiam para deputados estadual ou federal, governado, senador e presidente da República, e garantem que cuidam das cidades. Porém, não olham sequer para os cidadãos ou cidadãs.
Se fizessem, escolas, postos de saúde, estradas e serviços públicos não seriam tão precários e servidores não seriam tão maltratados.