Se for usar 3 carros, a empresa vai trabalhar por 8 meses, prazo que prevê a Secretaria Municipal de Saúde para o fim dos riscos da pandemia em Candeias, embora a omissão de descaso sejam marcas da Sesau e da Sedas neste momento
Ainda ignorando as pessoas de baixa renda sem ações efetivas de ajuda como auxílio financeiro e cesta básica para 9 mil pessoas inscritas no CadÚnico (mais de 13% da população adulta candeense), a Prefeitura de Candeias, que tem arrecadação superior a R$ 400 milhões por ano e tem R$ 285 mi no caixa rendendo para banqueiros, sendo R$ 125 mi do Fundeb, apesar de creches e escolas estarem sucateadas, e R$ 160 mi de livre utilização, vai contratar a empresa Rede RC de Comunicação Eirelli, de São Francisco do Conde, para divulgação em carro de som do combate à pandemia do covid-19.
O valor do contrato assinado pela secretária de Saúde, que também acumula a função de secretária de Desenvolvimento* e Ação* Social, e publicação no DOM (Diário Oficial do Município) no dia 26 de março – quando ainda não havia sido reconhecida o Estado de Calamidade Pública pelo Governo do Estado – , mas republicado ontem, 24/04 (cópia no fim do texto), tem o astronômico valor de R$ 249.000,00 (duzentos e quarenta e nove mil reais), que dividido por R$ 35,00 (trinta e cinco reais) a hora/carro individual e para particular – quem compra um paga X; quem compra 3 paga Y, se o prazo for longo –, que representam 7.114 (sete mil, cento e quatorze mil) horas, ou 296 dias, de 24h.
A lei citada – 13.979/2020 – é de 7 de fevereiro de 2020. Mais de 45 dias para a indigestão se movimentar numa pandemia. Marasmo e descaso.
Se 3 carros foram utilizados por 10h ao dia, das 8h às 18h, os três veículos devem rodar por 237 dias, ou 8,27 meses, resultado de 7.114h dividido por 30h diárias.
Por essa previsão catastrófica de 237 dias, a pandemia vai durar por mais de 8 meses em Candeias, ou até dezembro, por coincidência último mês do atual Mandato Placebo, longe de todas as previsões da OMS (Organização Mundial de Saúde), do Ministério da Saúde do Brasil e de todo e qualquer especialista médico do mundo sobre a covid-19, que não ser extinta. Porém, a crise tem previsão no máximo até julho deste ano.
Omissão e sem ajuda
A ação que durou mais de um mês para entrar em vigor desde a assinatura, publicação e republicação por causa de erros – comuns nesta “indigestão”-, além de levantar questionamentos quanto ao excessivo valor e possível prazo, não resolve um dos problemas mais graves da população de baixa renda: compra de alimentos para quase 28 mil do CadÚnico, segundo dados do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística).
Detalhe: com R$ 249.000,00 dá para comprar mais de 3 (três mil) cestas básicas.
E mais, não podemos esquecer o slogan “Mãos Limpas”. Assim estão hoje os candeenses.
Yancey Cerqueira. Dr. h.c
Radialista DRT/BA 06