Cidade de quase 35 mil habitantes recebe neste domingo a final do campeonato estadual de futebol pela primeira vez na Região da Bacia do Jacuípe
A cidade Riachão do Jacuípe, fundada em 1878, vive dias de alegria e felicidade não só no campo esportivo, mas no aspecto geral, com a chegada à final do Campeonato Baiano do Esporte Clube Jacuipense, o Leão Grená, clube fundado em 21 de abril de 1965, que entra para história se obtiver a maior conquista do clube em 56 anos, além de se colocar na elite dos clubes do interior campeões baianos, como Fluminense de Feira, bicampeão, e Bahia de Feira, ambos de Feira de Santana, Colo-Colo, de Ilhéus, e o Atlético, de Alagoinhas, adversário deste domingo e que tenta o bi – é o campeão atual.
A chegada à final já coloca o Jacuipense, ou Jacupa, como a torcida chama carinhosamente o time, nas Copas do Brasil e do Nordeste, mas o objetivo é, sem dúvida, erguer a Taça na presença de 5 mil torcedores no estádio Eliel Martins, ou Walfredão, neste domingo, 10 de abril, às 16h.
O Jacuipense foi campeão da 2º Divisão do Baiano em 1989.
A campanha na fase inicial é considerada quase perfeita: ganhou as 7 primeiras partidas, garantiu a classificação em 1º lugar, garantiu a decisão em casa, e perdeu 2 – para o Bahia e próprio Atlético, mas ambos com time misto. Na semifinal, empatou no jogo de ida por 0 a 0 e venceu o Barcelona, de Ilhéus, por a 1 a 0 em casa.
Na final na partida de ida, em Alagoinhas, mesmo com um homem a menos, empatou com o Atlético por 1 a 1. Havendo novo empate amanhã, a decisão vai ser nas penalidades máximas.
Astral na cidade
Riachão do Jacuípe fica na Bacia do Jacuípe a 186 km de Salvador e é cortada pelas BR 324 e BA 120, além do Rio Jacuípe, um dos maiores da Bahia. A cidade com 34 mil habitantes, que é capital do futebol baiano neste 10 de abril e respira confiança, é a segunda maior da região atrás apenas de Ipirá.
A economia é forte nos rebanhos bovino, caprino e suíno, além da produção de leite com muitos fabricos de queijo. Também foi muito forte na produção de sisal, inclusive com exportação. Riachão até 1.989 foi desmembrada e criadas as hoje cidades de Candeal, Capela do Alto Alegre, Conceição do Coité, Gavião, Ichú, Nova Fátima e Pé de Serra.
Neste momento, com a final inédita do Campeonato Baiano, além de bares, hotéis, lanchonetes e restaurantes, que devem ter movimento extraordinário neste fim de semana, vendedores ambulantes conseguem uma renda extra pelo evento que atraiu torcedores de toda a região. Os 5 mil ingressos praticamente se esgotaram em poucos minutos assim que eram colocados à venda. Apenas alguns cambistas têm entrada para a partida.
A TVE, da Bahia, canal 10.1 digital, do Governo da Bahia, que banca a competição, além de emissoras de rádio da cidade (Gazeta FM 104,9 e Jacuípe AM 1500), da região e de Salvador, transmitem a partida.
Neste sábado, 9, na Praça da Matriz, camisas e bandeiras do Jacuipense estavam à venda próximo à Barriguda, uma árvore pitoresca na cidade e região. Segundo a lenda, quem “passa por baixo da barriguda muda de preferência e passa a ter afeição pelo mesmo sexo”. Uma das primeiras perguntas feitas a quem visita Riachão do Jacuípe: “Já passou na Barriguda?”, e depois vem a brincadeira.
Jacuipenses das artes e do esporte
Além de muitos outros, são jacuipenses, o cineasta Olney São Paulo, o cantor Del Feliz, Olivan Monteiro, os grupos Malvadinhos do Forró, o boxeador Pedro Lima, medalhista de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2007, os jogadores Ramon, ex-Vitória e Cruzeiro, Matheus, campeão sergipano em 2021, Irã, atual campeão e adversário do Jacuipense amanhã, o goleiro Pezão, Jânio, campeão baiano pelo Colo-Colo em 2006, e o jornalista e radialista José Raimundo, além do radialista Valdo Silva.